Desde que foi submetido a uma cirurgia em Brasília, Bolsonaro tem aparecido na mídia e principalmente nas redes sociais, dando um verdadeiro show de martirizarão. Quando surtou com a presença de uma oficial de justiça na UTI do hospital onde se recupera, ele já tinha feito live e atuado na venda de capacetes de grafeno. Dia sim e dia também, se deixa fotografar cheio de fios e exibindo cicatrizes, com o objetivo claro e cristalino, de obter dividendos políticos. Quer saber? Eu e milhões de brasileiros torcemos pela recuperação plena do ex-presidente, porque queremos vê-lo cheio de saúde no longo período de férias que deverá passar na cadeia.
Papa Francisco bem que tentou
Tivemos dois papas reformadores da Igreja Católica – João XXIII e Francisco. Frei Beto lembra que “João XXIII convocou o Concílio Vaticano II, um concílio que pode ser comparado a uma assembleia constituinte. O Francisco, durante seu pontificado, convocou vários sínodos para implementar as decisões do Concílio, ocorrido entre 1962 e 1965. Muitas mudanças aprovadas no Concílio Vaticano II não foram implementadas porque, de João XXIII pra cá tivemos papas de moderados a conservadores, principalmente nos pontificados de João Paulo II e Bento XVI”.
Temos que reconhecer que a igreja de Pedro não avançou numa série de medidas que segundo Frei Beto “ainda a impedem de refletir o Evangelho de Jesus Cristo. É o caso do celibato obrigatório e o acesso ao sacerdócio por mulheres”. Ressalte-se ainda que Francisco foi o único papa na história da Igreja a convocar um Sínodo Indígena, que foi o Sínodo da Amazônia. Levou
Ao adotar o nome Francisco, Dom Bergoglio fez clara opção pelos pobres. Suas ideias e suas práticas franciscanas, fizeram dele um dos principais alvos da direita fascista no mundo todo, particularmente no Brasil. Aqui, teve muito troglodita comemorando a morte do Sumo Pontífice, numa clara demonstração de intolerância religiosa e incivilidade. O próprio líder da seita bolsonarista, tratou a morte do Papa Francisco com muita indiferença. Mesmo sabendo que apesar do crescimento do número de evangélicos, o Brasil é um país majoritariamente católico, Jair Messias Bolsonaro deu de ombro com a notícia do falecimento , que comoveu o mundo na semana passada.
Começa o pega pra capar
O STF começa a julgar hoje um trecho da denúncia da PGR contra os golpistas. No banco dos réus nesse pontapé inicial, os envolvidos diretamente na elaboração da minuta do golpe, o decreto que anularia o resultado da eleição e os cabeças do plano “Punhal Verde Amarelo”, montado para matar o Jeca (Lula), o Juca (Alckmin) e o Joca (Xandão). O plano do triplo homicídio estava num computador do general Mário Fernandes, que deve pegar uma cana dura e certamente fará companhia na Papuda ao mito.

Encíclicas de um grande Papa
As encíclicas editadas pelo Papa Francisco foram verdadeiros manuais de esperança, esperança no ser humano e na fraternidade entre as pessoas que respeitam as diferenças. Em “Fratelli tutti”, por exemplo, o Papa Francisco ressalta a fraternidade e a amizade social como forma de construção de um mundo melhor, pacífico e com mais justiça. Com a encíclica “Laudato si’ o sumo pontífice critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável , ao mesmo tempo em que defende o combate sem tréguas aos processos de degradação do meio ambiente.
Francisco foi o primeiro latino-americano a chegar ao mais alto posto da Igreja Católica e também o primeiro jesuíta Papa da história. Ele fazia questão de ressaltar a figura de São Francisco de Assis, cujos preceitos seguia com determinação. Sua humildade o fazia repelir qualquer tipo de ostentação e seu coração, tal qual o do santo e do próprio Jesus Cristo, batia sim do lado esquerdo do peito e a favor dos pobres e oprimidos. Era um sumo pontífice, como ele mesmo dizia, jesuíta-franciscano.

Candidatos à sucessão de Papa Francisco
De acordo com a imprensa italiana o nome de maior destaque para suceder Papa Francisco é o do cardeal Pietro Parolin, atual Secretário de Estado do Vaticano. Na lista dos candidatos com chances estão também Dom Mateo Zuppi, arcebispo de Bolonha; o cardeal Pierbayyista Pizzabala, Patriarca de Jerusalém, que tem uma postura crítica contra o massacre que Israel promove na Faixa de Gaza; Dom Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha (França)] Dom Péter Erdo, arcebispo de Esztergom-Budapeste, de perfil conservador; cardeal José Tolentino de Mendonça, de Portugual; Luis Antônio Tagle, das Filipinas; cardeal Fridolin Amdongo Besungu, da República Democrática do Congo; cardeal Mario Grech, de Malta; cardeal Wilton Gregory, arcebispo de Washington e primeiro afro-americano a se tornar cardeal e cardeal Blase Cupich, arcebispo de Chicago, que defende uma Igreja mais inclusiva.
Ah, você deve estar pensando: nenhum bispo brasileiro nessa lista? Tem sim. Aparecem Dom Leonardo Ultrich Styeiner, arcebispo de Manaus; Sérgio Rocha, arcebispo de Salvador e correndo por fora, Dom João Braz de Avis, Prefeito do Dicastério, órgão importante do Vaticano. Lembrando que Dom João foi arcebispo de Maringá e teve participação ativa no processo de implantação na cidade do programa Fome Zero, durante a gestão João Ivo Caleff, como prefeito. Quem o conheceu pessoalmente, como eu tive o privilégio de conhecer, não tem dúvida de que seria um Papa tão engajado nas questões sociais e na defesa das minorias quanto foi Papa Francisco.

“O Papa é argentino, mas Deus é brasileiro”.
A frase foi dita pelo recém-eleito e empossado Papa Francisco, que na pia batismal recebeu o nome de Jorge Mario Bergiglio, quando fazia sua primeira viagem ao Brasil. Ele foi entrevistado no avião pelo jornalista Gerson Camarotti, para o programa Fantástico. A partir dali, o mundo começou a conhecer e a admirar o novo pontífice, cujo comprometimento com as questões sociais se assemelhava a João XXIII. A morte de Papa Francisco nesta segunda-feira, dias 21 de abril, data em que o Brasil reverencia a memória de Tiradentes, deixa um vácuo enorme, para o Vaticano e especialmente para os dois continentes aos quais ele dedicava especial atenção: América Latina e África. Mais que um líder espirutual, Francisco entra para a história universal como um farol da humanidade, nesses tempos de temor pela ascensão da extrema-direita no Ocidente, e por óbvio, do nazifascismo. O argentino Dom Bergoglio, sacerdote da ordem franciscana, está sentado ao lado direito de Deus pai, e já intercedendo pelos excluídos do capital no mundo inteiro. Saudade eterna, grande Papa Francisco

Um duro golpe no neoliberalismo
A escalada protecionista protagonizada por Trump põe em xeque o neoliberalismo e o poderio americano. Depois dessa tsunâme econômica provocada pelo principal ícone da direita aloprada, haverá fatalmente uma geopolítica com nova configuração. E o presidente dos Estados Unidos, cujo objetivo inicial era detonar a China, caiu literalmente do cavalo. Ou como diria meu amigo Antônio Moscardi, foi expelido do dorso equino. E Lula, que não é bobo nem nada, se aproximou ainda mais de Xi Jinping , que está assim com o Brasil, especialmente encantado com o desempenho de Dilma Rousseff à frente do banco dos Brics. Alguém esqueceu de avisar Donald Trump que a terra é redonda.

O ocaso do PSDB
O PSDB, quem diria, vive o seu ocaso e busca no Podemos uma tábua de salvação para ver se tira suas lideranças do ostracismo. Depois que perdeu a primeira eleição para o Lula começou a adernar e aprofundou sua crise sem volta com o protagonismo que teve no golpe que culminou no impeachment da presidente Dilma. No Paraná, o ex-governador Beto Richa tenta ressuscitar a legenda no espaço da propaganda eleitoral no rádio e na TV. Mas o discurso dele, que é mais do mesmo, se perde no espaço feito bola de sabão.
Enfim, o tucanato caminha para o alagadiço e se apega ao Podemos numa fusão que só o tempo poderá dizer se trará algum resultado ou se as duas siglas submergirão abraçadas. Vale a lembrança de que o PSDB já foi um dos mais influentes partidos do país, fazendo presidente, vários governadores, senadores e uma respeitável bancada de 99 deputados federais. Por que chegou a este ponto? Talvez por um festival de incongruências e desapego à Social Democracia que o gestou, quando ainda habitavam a seara política brasileira, lideranças como Franco Montoro, Mário Covas e José Richa.

Netanyahu se nivela a Hitler
Israel promove uma das maiores matanças da história da humanidade e depois diz , devidamente respaldado pela mídia ocidental, de que há uma guerra entre Tel Aviv e a Faixa de Gaza. O governo do carniceiro Benjamin Netanyahu não pára de matar mulheres, velhos e crianças, numa demonstração clara de promove uma verdadeira política de extermínio do povo palestino. O mais espantoso é que as mesmas pessoas que se dizem chocadas com as lembranças do massacre de judeus na II Guerra não estão nem aí com o genocídio de Gaza, para o qual o primeiro ministro israelense usa a justifica calhorda de que faz isso para combater o terrorismo do Ramas.

Cida ou Marcelo? Dou-lhe uma, dou-lhe duas…
A Sra. Ricardo Barros, que na condição de vice de Beto Richa assumiu o governo do Paraná por cerca de 8 meses, volta à cena política do Estado como pré-candidata à sucessão de Ratinho Júnior. O marido, que manda no PP do Paraná quer isso e exatamente por isso, tentará impor o nome de Cida Borgheti na convenção. Ela já trabalha como pré-candidata, embora analistas de Londrina achem que terá um forte adversário pela frente – o ex-prefeito Marcelo Belinati, que também já foi picado pela mosca azul.
