As provas levantadas pela Polícia Federal, consubstanciadas em falas, sugestões, estratégias e o nível de participação de lideranças da política, das Forças Armadas, do governo e do meio empresarial, principalmente do agronegócio, revelam que se o golpe de estado tivesse logrado êxito, o Brasil viveria um período de supressão de direitos e garantias individuais e de violência física, bem pior do que na ditadura militar de 1964. Muita gente que o bolsonarismo catalogasse como inimiga do governo estaria frita. Haveriam muitas prisões, torturas e mortes. Crime em série, praticados por bolsonaristas fanáticos, certamente ocorreriam em todo o território nacional.
Isso fica cada vez mais claro com a liberação pelo ministro Alexandre de Moraes, dos vídeos e depoimentos do ex-ajudante de ordem do presidente, coronel Mauro Cid, que vomita tudo e mais um pouco.
Outra revelação surpreendente do coronel foi a reação da primeira dama, Micheli Bolsonaro, que ficou transtornada quando viu que teria que desocupar o Palácio da Alvorada, onde sonhava continuar por muito tempo. Hoje, quem acompanha os fatos detalhados no relatório da Polícia Federal, não tem dúvida, de que Bolsonaro não estava disposto a entregar a presidência a quem o venceu nas urnas, mesmo que para isso tivesse que promover no país um verdadeiro banho de sangue.
