Passados 60 anos da morte de John Kennedy ainda há nos Estados Unidos quem duvide que o assassinato foi coisa apenas de um maluco chamado Lee Oswald. Continuam as especulações, alimentadas pelo vice de Kennedy, Lyndon Johson, de que Fidel Castro teve tudo a ver com o tiro que atingiu o jovem presidente americano na cabeça, quando ele passeava em carro aberto pelo centro de Dallas.
Aqui, é a própria vítima de uma facada que a deixou na UTI e de lá saiu para o Palácio do Planalto, que alimenta a teoria da conspiração, insistindo até hoje que Adélio Bispo não agiu sozinho, que o atentado de Juiz de Fora foi coisa da esquerda. Essa tese, que a própria Polícia Federal desmontou ao longo do tempo, serviu para alimentar o ódio entre brasileiros nos últimos quatro anos e meio. Mas se nos Estados Unidos o tempo ainda não se mostrou senhor da razão, no Brasil, fatos graves e incontestáveis, como falsificação de carteiras de vacinação, trama para um golpe de estado e joias das arábias, se encarregam de conferir a Bispo um definitivo atestado de loucura.