Só ele percebeu que a GLO seria uma roubada

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Segunda-feira completa um ano que  Lula rejeitou de pronto a sugestão de uma GLO para conter os ataques às sedes dos três poderes. Naturalmente com base em uma obviedade: se fizesse isso, entregaria o poder ao Forte Apache para que os generais  contivessem a multidão ensandecida que quebrava tudo no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo. Lula avaliou imediatamente que se assinasse o decreto de Garantia da Lei e da Ordem, o comando do país escaparia das suas mãos e cairia nas mãos de generais, a maioria bolsonarista.

Seria dar de bandeja  a arma que o ex-presidente Jair Bolsonaro queria para sacramentar o golpe de estado e voltar ao cargo que perdeu nas urnas. Voltaria babando, para promover o banho de sangue que sempre sonhou dar. Basta lembrar uma entrevista que ele concedeu a um canal de televisão quando ainda era deputado, quando manifestou desejo de promover uma guerra civil no país e matar  pelo menos 30 mil pessoas, a começar pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Se assinasse a GLO naquele momento, Lula poderia ser abatido ainda quando taxiava para seu governo levantar voo. Esse fato, revelado agora pelo próprio Lula, mostra porque ele é, incontestavelmente, um dos maiores líderes e estrategistas políticos da história da nossa república.

Muitos hão de achar  que Getúlio Vargas é insuperável. Mas vamos lembrar que Getúlio não suportou a pressão liderada por Carlos Lacerda para que ele renunciasse e meteu uma bala no próprio peito, saindo da vida para entrar na história. Lula não se quedou ao dublê de Lacerda e chaveiro de Donald Trump, Jair Messias. Não mordeu a isca, como sugeriram seus próprios aliados, inclusive o ministro Flávio Dino, que achou num primeiro momento, ser a GLO saída única para aquele caos institucional.

Passado exatamente um ano e com base em tudo o que a Polícia Federal levantou e já foi divulgado, a gente chega à seguinte conclusão: a vitória de  Luís Inácio Lula da Silva foi a vitória da Democracia, que não significou a abertura da porta do paraíso, mas com toda certeza, significou o fechamento da porta do inferno.

Brasília (DF), 08.01.2023 – Manifestantes golpistas invadem o Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

4 COMENTÁRIOS

  1. Lula é com certeza o maior presidente da história do Brasil, homem sábio, que chega pela terceira vez a presidência por vias democráticas para defender o povo brasileiro das garras da turba sangrenta, demoníaca, satânica, miliciana, pentecostal, golpista e anti democrática, Lula é um estadista reconhecido mundialmente pelos seus projetos sociais, pelo combate a fome do brasileiro.

  2. 0 LULA FALA E DIZ APENAS A VERDADE E DOA A QUEM DOER.

    0 CARA GANHOU AS ELEIÇÕES DEMOCRATICAMENTE SEM GASTAR MAIS DE R$ 300 BILHÕES COM OS AUXÍLIOS DOS TAXISTAS E CAMINHONEIROS NO VALOR DE R$ 7.000,00.

    A PEC KAMIKAZE QUE MANDOU BILHÕES DE REAIS PARA PREFEITOS E GOVERNADORES E OS DEPUTADOS ESTADUAIS E FEDERAIS E OS CABOS ELEITORAIS EM TODO O BRASIL.

    PRAGA DOS VOTOS COMPRADOS NAS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES DE 2 DE OUTUBRO DE 2022 E DEPOIS EM 30 DE OUTUBRO DE 2022.

    43 PESQUISAS ELEITORAIS E O LULA VENCEU TODAS ELAS. PENA QUE A BURRICE E A IGNORÂNCIA, A ESTUPIDEZ E A CAVALICE DO CIRO GOMES TENHA TIRADO A ELEIÇÃO NO PRIMEIRO TURNO COM MAIS DE 10 MILHÕES DE VOTOS E TERÍAMOS ELEGIDO E REELEGIDO MAIS DE 250 DEPUTADOS FEDERAIS.

    HOJE O LULA NÃO TERIA PASSADO ARROCHO DIANTE DOS MAIS DE 150 DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES NO PLENÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL POR DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES CORRUPTOS ELEITORALMENTE FALANDO.

  3. Numa análise mais profunda, podemos observar que até naquele dado momento havia dúvidas se as forças armadas estariam com o governo Lula, uma vez que a alta cúpula do exército apoiara Jair Bolsonaro nas eleições. Dessa forma, instaurar uma GLO seria um risco político muito sério e um tiro no pé do próprio governo eleito, sacramentando assim o golpe de estado via forças armadas.

  4. Há exato um ano, em 8 de janeiro de 2023, o Brasil viveu um dos mais vergonhosos episódios de sua história. Depois de quatro décadas de redemocratização do país, uma horda terrorista depredou os edifícios dos três poderes, em Brasília. A turba — dita patriota, apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas obtusa e irresponsável — protestava contra a eleição de Lula, em pleito evidentemente acatado pelo Legislativo e pelo Judiciário, porque assim funciona o estado de direito. Descobriu-se, após imediata investigação, ter havido algum grau de planejamento e tolerância das forças de segurança do Distrito Federal. Repetiam-se, como farsa, os estragos do Capitólio promovidos pelos pares de Donald Trump contra a escolha de Joe Biden.
    A tragédia brasiliense foi um momento de triste memória, movido por cidadãos alimentados pelo ódio, o resultado mais nocivo da polarização que há pelo menos uma década emoldura o cotidiano dos brasileiros — na política, sem dúvida, mas também em outros escaninhos da sociedade, nas relações familiares, nos gostos artísticos, nas escolhas individuais. A incômoda lembrança daquela jornada assustadora é um modo de evitar que a estupidez se repita.
    A postura de Moraes, na liderança do STF, assim como a do Congresso e a do Executivo, de manutenção da integridade e da força das instituições — em resposta ao horror —, também representa capítulo extraordinário, mas positivo: o da vitalidade de uma nação forte o suficiente para manter-se no caminho da normalidade, apesar das crises, apesar da desigualdade social, apesar da discórdia desnecessária. Os tolos do 8 de Janeiro estão sendo julgados e condenados pelos crimes cometidos. Vale sempre ficar com uma das mais agudas frases do britânico Winston Churchill, proferida em 1947, pouco depois do fim da II Guerra Mundial: “A democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais formas que têm sido experimentadas ao longo da história”.

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