Uma área urbana degradada não quer dizer apenas que seja uma área sem vegetação, sem galerias de águas pluviais e sem nenhum tipo de mecanismo de proteção ambiental. Quando esta área é negligenciada pelo poder público ela também se enquadra no conceito de degradação. É o que acontece, na minha modesta maneira de ver as coisas, com o coração de Maringá, onde as mazelas sociais saltam aos olhos e tornam perigoso todo o entorno do terminal de ônibus, cuja beleza arquitetônica contrasta com o estado de abandono da Praça Raposo Tavares e adjacências.
Dia desses um advogado que tem escritório na área central ligou para o Jornal do Povo, manifestando preocupação com o que considera “crônica de uma possível tragédia anunciada”. Seguinte: moradores de rua têm acessado o interior do antigo Cine Plaza e em noites frias estariam acendendo pequenas fogueiras para se aquecerem. O perigo de um incêndio de proporções gigantescas torna-se iminente. E imagine só: um incêndio iniciado naquele ambiente pode colocar em risco todo o quarteirão.
Não é o caso de sugerir que as forças de segurança da cidade atuem no sentido de expulsar os desafortunados invasores, mas que a Administração Municipal encontre uma solução urgente (e humanitária) para o problema, que é muito grave. E que logo na sequência, tire do papel o projeto, que sei que existe, de revitalização daquele importante espaço público.
Concordo. Moro neste quarteirão e vejo e ex teatro Plaza abandonado e correndo risco de incêndio pelos craqueiros. Responsaveis: polícia militar e Prefeitura. Teatro ali eh delírio. Nem mesmo serve para mais um igreja.