A história se repetindo como farsa

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João Goulart ainda estava em solo brasileiro quando um apressado presidente do Congresso Nacional, Auro de Moura Andrade, gritou em alto e bom som no dia 2 de abril de 1964: “Considerando que o presidente da república fugiu do país, declaro vaga a presidência da república”. O deputado Tancredo Neves pegou o microfone e gritou mais alto ainda: “Mentira, o presidente continua em território brasileiro… canalha, canalha, canalha”.

Andrade considerou, ainda que de forma açodada, que não poderia haver vacância de poder e anunciou a posse do presidente da Câmara Ranieri Mazili. Mal sabia ele que o nosso país iria chegar a dezembro de 2022 com a cadeira presidencial cheia de nada e vazia de tudo.

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