O presidente Lula está P da vida com seu líder na Câmara, Zeca Dirceu. Isso porque Dirceu não só deixou de exercer seu papel de líder como não apareceu numa das votações cruciais da reforma tributária para o governo, que foi a que garantiria a manutenção de benefícios fiscais para montadoras no Nordeste até 2032.
Zeca se aliou ao governador Ratinho Júnior porque se a extensão dos benefícios fosse aprovada o Paraná perderia qualquer possibilidade de ter uma dessas grandes montadoras aqui. Zeca, então, ficou com o governador e com a bancada paranaense, dando um “passa moleque” no presidente da república, que já tinha compromisso de levar , por exemplo para a Bahia, uma montadora chinesa de carros elétricos. Lula foi reclamar para Arthur Lira e ouviu do presidente da Câmara: “o apoio do seu líder seria fundamental para a aprovação dessa matéria, mas esse apoio não houve”. Esta semana Zeca foi recebido no Palácio do Iguaçu pelo governador Ratinho Júnior, que celebrou a posição solidária ao Paraná, do filho de Zé Dirceu. Agora, o pai, que é amigo histórico de Lula, de quem foi chefe da Casa Civil no primeiro governo, terá muito trabalho para consertar o que o PT nacional considera uma “cagada”, mas que as lideranças políticas do Paraná tem como um gol de placa marcado por Zeca.