O STF, por determinação do ministro Dias Toffoli, vai ouvir o depoimento do empresário paranaense Tony Garcia, que atuou como espécie de agente secreto da Lava Jato, segundo ele mesmo disse, para que o juiz Sérgio Moro não o colocasse numa masmorra. Garcia era dono do Consócio Garibaldi, acusado de dar um golpe monumental em seus clientes. Como era um empresário muito conhecido e até amigo de vários políticos brasileiros, a República de Curitiba o teria cooptado para levantar provas e delatar envolvidos na operação.
Passados vários anos e com a Lava Jato totalmente desidratada, Garcia (que foi genro de Ney Braga) decidiu abrir o bico. E suas entrevistas a portais de notícias, como a TV 247, deixaram Moro e procuradores da força-tarefa com a pulga atrás da orelha. É certo que deverá sobrar também para a Dra. Gabriela Hart, substituta de Moro na 13ª, Vara Federal de Curitiba. Isso porque, tudo o que Tony Garcia vem falando e vai reafirmar no STF, ele já tinha relatado para a juíza, que segundo alguns juristas, engavetou tudo e por isso teria cometido crime de prevaricação. A ida do empresário ao Supremo deve balançar ainda mais o coreto e colocar Moro definitivamente no bico do urubu.