A tese do marco temporal é defendida por um setor forte do agronegócio, que não vê limite territorial para sua expansão e nem consequências para a ocupação desenfreada dos nossos biomas. O fato da Constituição garantir áreas extensas de mata aos povos originários, que são na verdade quem realmente protege a floresta, deixa os latifundiários fora da casinha.
“Essa decisão traz enorme insegurança jurídica para os milhares de agricultores e pecuaristas do Paraná e do Brasil”, diz em nota a Federação da Agricultura do Paraná, presidida pelo maringaense Ágide Menegheti. Será que estão pensando em criar gado em terras indígenas? Ao dizer que a decisão do Supremo Tribunal Federal fere o direito de propriedade, a FAEP me remete a uma pergunta básica: direito de quem, cara pálida?