Uma funcionária antiga e muito experiente da biblioteca de uma escola cívico-militar do Paraná diz estar preocupada com o número de alunos com crises de ansiedade. É infinitamente maior nessas de que nas escolas normais. O áudio veio à tona no momento em que o governador Ratinho Júnior prepara a militarização de 200 novos colégios da rede estadual de ensino.
A bibliotecária, cujo nome não foi divulgado para evitar represálias, afirma que os militares não têm preparo para lidar com os alunos e sequer conseguem detectar os casos de transtornos mentais. Como são desprovidos de humildade e se negam a pedir ajuda às pedagogas acabam sempre metendo os pés pelas mãos e agravando a situação.
Escola é lugar de democracia, cultura, de aprendizagem, de debate, de formação, de liberdade para pensar. Estudantes não são soldados. Precisam de acolhimento e estrutura para desenvolverem seus talentos. O principal problema das escolas não é a falta de disciplina, mas a desvalorização dos profissionais combinada com a falta de investimentos.
Os alunos, professores e funcionários dos colégios estão sendo tratados como bandidos por estes militares, atos de violência são verificados todos os dias, está um caos.
Sou militar formado em Academia.
TODOS os pedagogos e professores são civis, a não ser em poucas matérias estritamente militares.
Militares estão muito longe de ser melhores do que civis em planejamentos e gestões.
É imenso equívoco pensar que fazer uma criança marchar, prestar continência, cantar o hino nacional e ter medo de funcionários militares fará dela um ser humano melhor.