Reflexão de um cristão bule (de poca fé) , mas apaixonado por Cristo, que afinal de contas veio à Terra para criar, com o Reino de Deus, o mundo da partilha.
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Se viesse à Terra hoje, certamente Jesus seria preso , torturado e morto, por líderes religiosos do tipo Edir Macedo e Malafaia. Como Ele pregava não o fortalecimento da religião e nem a necessidade de construção de igrejas, mas sim a construção de um mundo de partilha , seria chamado de comunista e criminalizado, como o foi por dois poderes políticos – o Sinédrio Judaico e o Poder Romano.
Essa é uma boa reflexão, inclusive para servir de contraponto aos picaretas da fé, que com formação teológica de quina categoria , arrebanham milhares de seguidores e fazem neles verdadeiras lavagens cerebrais.
É oportuno resumir nesse pequeno e importante espaço, o pensamento de um dos maiores teólogos brasileiros, o dominicano Frei Beo:
“Eu sou discípulo de um prisioneiro político: Jesus. Ora, Jesus não morreu de hepatite na cama e nem de um desastre de camelo numa esquina de Jerusalém. Ele foi preso, torturado e julgado por dois poderes políticos e condenado à morte dos romanos que era a cruz. Por que que Jesus foi assassinado cruelmente? Porque dentro do Reino de Cesar Ele ousou anunciar um outro reino possível, que Ele denominava Reino de Deus. Na cabeça de Jesus o seu projeto do reino é um projeto civilizatório para este mundo. A prova disso está no Pai Nosso. A gene não reza: leva-nos ao Vosso Reino. É exatamente o inverso, a gente reza: venha a nós o vosso reino”.
Frei Betto é um exemplo de intelectual comprometido com a justiça social e a liberdade dos povos. Sua obra literária, premiada e reconhecida internacionalmente, revela sua sensibilidade, sua erudição e sua capacidade de dialogar com diferentes campos do saber. Quero seguir seus passos e aprender com sua sabedoria, que ilumina e inspira tantas pessoas.
Frei Beto, sua leitura é impressionante, referente à Jesus e deveria ser o entendimento de todas às pessoas que professam acreditar que ele é o filho de Deus. E, ele veio, viveu, vivenciou às dificuldades e sofrimento humano, deixando um exemplo de conduta e ações, que devem ser seguidas, por todos aqueles que professam acreditar em sua promessa. Em vez de se esconder, dentro de uma igreja.