Morre Calegari, uma lenda do jornalismo brasileiro

0
238

Conheci Antônio Calegari quando eu era ainda menino, boi da Folha do Norte do Paraná (Maringá) e ele um brilhante repórter policial. Me ensinou os primeiros passos no jornalismo e se tornou um grande amigo enquanto por aqui esteve. Durante 25 anos, atuou como editor- chefe do Jornal do Comércio do Rio de Janeiro. Há alguns anos ele retornou a Maringá e com um orgulho danado o ciceronei durante três dias, levando-o para rever velhos amigos como o Frank Silva , o Verdelírio Barbosa e o Devanir Braz Palmas, os três, já no andar de cima.

Depois de ter ´passado por aqui para visitar sua mãe, que residia na Vila Esperança e os parentes que ainda tinha em Mandaguaçu, tentei trazer Calegari para proferir uma palestra em Maringá sobre jornalismo. Ele recusou o convite, brincando comigo que tinha vergonha de falar para grandes públicos , pois não levava jeito nem para conversar com secretaria eletrônica. Claro que ri muito da brincadeira e ele, fingindo ser verdadeira uma timidez que nunca teve, me sugeriu o Carlos Heitor Cony. Com a ajuda da colega Ana Paula Machado Velho, que ainda atua na comunicação da UEM, que é carioca e tinha um certo grau de parentesco com o Cony, a Seccional do Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná que eu presidia fez uma parceria com a OAB e conseguimos trazer o grande Cony, íconi do jornalismo e da literatura brasileira. Depois da palestra, que foi um grande sucesso, liguei para o Calegari no Rio e comentei o assunto. Ele ironizou de novo: “Eu até pensei em aceitar o teu convite, mas pra sorte dos colegas jornalistas de Maringá, não aceitei”.

Meus sentimentos à família , especialmente ao seu irmão Pedro, que tive o prazer de conhecer pessoalmente. Que Deus o tenha em bom lugar, amigo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui