A diferença entre a direita que ganhou as eleições agora em Portugal e a ex-direita brasileira que ganhou em 2018 com Bolsonaro e com o mesmo Bolsonaro perdeu em 2022, está no fato de que a direita portuguesa é, pelo menos por enquanto, considerada democrática. No nosso país a direita democrática e minimamente civilizada, foi engolida pela extrema-direita, cujo espectro político odeia pobre, tem urticária com as expressões distribuição de renda e justiça social e que adora fazer apologia da violência, além de oxigenar, sem pejo, a ignorância.
Não necessariamente com essas palavras, mas foi o que disse em uma entrevista à TV 247, o ex-primeiro ministro de Portugal, José Sócrates, que lamenta e derrota do Partido Socialista no último domingo, por uma diferença ínfima, de apenas 50 mil votos. Ele não acredita que em Portugal haja clima para a radicalização e o crescimento de uma extrema-direita tão nociva quanto a que pontuou no Brasil.