Como fez com Fernando Collor (lembram-se do caçador de marajás?), a Rede Globo trabalha, sub-repticiamente, a candidatura do bolsonarista Tarcísio de Freitas para a sucessão de Lula em 2026. Não é obra do acaso o uso do garoto propaganda e moleque de recado Luciano Huck, o encantador de serpente da ex-Vênus Platinada , que domingo sim e domingo também dá seus recados de boas vindas à Faria Lima. No caso específico da catástrofe do Rio Grande do Sul, o problema não está na benevolência do apresentador mas nas suas mensagens subliminares de minimização do papel do estado e enaltecimento, apenas das ações privadas de socorro às vítimas, ignorando a atuação dos governos federal, estadual e municipais.
Por trás de tudo isso está o projeto político da direita brasileira, o que explica em certa medida a timidez com quem Huck trata o nefasto instituto da fake news. Trabalhar a volta da direita ao centro do poder é missão a que a Globo se dedica desde as eleições de 1989, embora suas ações em passado recente tenham sido desastrosas, pois contribuíram largamente para o surgimento dos Outsiders Fernando Collor de Mello e Jair Messias Bolsonaro.