O país está precisando de uma escola de melhor qualidade, mas que seja democrática, plural e inclusiva, e com um corpo discente capaz de preparar os alunos para a compreensão de toda a complexidade desse nosso imenso Brasil. Portanto, o projeto de escolas cívico-militares vai na contramão disso, na medida em que visa formar cidadãos bem comportados , impondo aos jovens um padrão de comportamento regrado e obediente.
Esse tipo de educação encabrestada é predominante na cabeça de governadores como Romeu Zema, em Minas Gerais, Tarcísio de Freitas, em São Paulo e Ratinho Júnior, no Paraná. O pretexto para fazer proliferar a escola cívico-militar é o da segurança, como se a violência predominante hoje no ambiente escolar pudesse ser resolvido com policiais fardados nos pátios dos colégios e impondo a pedagogia do medo.