Abstenção, no retrovisor e no radar

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Felipe Nunes, da Quest, estima que a decisão no primeiro turno não ocorreu  por conta da abstenção, que passou de 20%. Há uma tendência de que, quem não votou no primeiro turno pode se abster também nos segundo, o que  deixa a eleição mais apertada. Portanto, Bolsonaro deve trabalhar intensamente para provocar aumento da abstenção e Lula, ao contrário, para reduzi-la.

Estimular o não voto é algo muito estranho, fora do padrão civilizatório, mas numa eleição “vale tudo”, a legitimação  de práticas antidemocráticas acaba, pelo jeito, encontrando amparo na legislação eleitoral, já violada com os frequentes “pacotes de bondade”. Cabe ao eleitor, claro, fazer a leitura correta do cenário.

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