Olha só que coisa interessante: Renato Gomes foi diretor do Banco Central no governo passado e foi ele que facilitou as coisas para André Esteves comprar massas falidas dos bancos Econômico e Nacional, lucrando em curto espaço de tempo R$ 11 bilhões. Esteves é o dono do Pactual, ligadíssimo a Paulo Guedes, fundador desse banco e que se tornou super-ministro da economia no governo Bolsonaro. Pois Esteves é a fonte principal das informações que levaram a jornalista Malu Gaspar, de O Globo, a detonar o ministro Alexandre de Moraes. Esteves é blindado pelo clã Marinho e pelo restante da mídia tradicional, como o Estadão, do clã Mesquita e a Folha de São Paulo, do clã Frias.
Está claro feito água de bica, que o jornal O Globo armou uma “casa de caboclo” para cima de Moraes, que tem mexido (e continua mexendo) com muitas caixas de marimbondo. Mas pelo jeito não conseguiram abalar os nervos de aço do Xandão, e deram uma ligeira recuada. Malu, que foi praticamente uma porta-voz da Lava-Jato, anda tirando o pé do acelerador, porque sabe que a batata dela pode estar assando, como assa também a batata do colunista de o Globo, Lauro Jardim.
Mas a Faria Lima, representada nesse episódio por Esteves, não deve parar por aí, porque , temerosa da atuação de Moraes, passa a temer também o ministro Flávio Dino, que o baronato já percebeu não ser de matar com a unha. Enquanto isso, a extrema-direita respira aliviada, porque episódios como a denunciada ligação de Moraes com o caso Master, serviu com uma baita cortina de fumaça, para encobrir o escândalo dos quase meio milhão de reais em espécie em poder do líder do PL na Câmara, pastor Sóstenes Cavalcante. Quando esta nuvem de fumaça se dissipar totalmente poderão ser lançadas outras cortinas. Flávio Dino seria a bola da vez ?
