Na contramão dos preceitos democráticos

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O presidente Jair Messias Bolsonaro, enfim, reconheceu a derrota, dois dias depois de encerrada a totalização dos votos. Mas falou pouco, não cumprimentou o presidente eleito e nem desestimulou os bloqueios, que só estão sendo desmontados  graças a ação firme do ministro Alexandre de Morais. Enfim, seguiu à risca a cartilha de Trump, transformando as rodovias brasileiras no seu capitólio.

Recomendam os preceitos  de qualquer democracia do mundo, que após uma eleição, seja qual for o seu nível de tensão, que o vencedor faça imediatamente um discurso de conciliação nacional, de união, acenando para a necessidade de cura das feridas eventualmente produzidas durante o embate. Foi exatamente o que Lula fez no seu primeiro pronunciamento após a proclamação dos resultados pelo TSE. Do lado do perdedor, é fundamental para a democracia que ele reconheça a derrota, agradeça os votos que teve, cumprimente o adversário e lhe deseje boa sorte. Bolsonaro não seguiu esse manual de civilidade. Ao contrário, manteve um silêncio de 48 horas, silêncio que produziu arruaça nas estradas, com consequências danosas para o país.

Só lembrando, e lembrar nesse contexto é de fundamental importância para a compreensão do comportamento do presidente cessante, que em 2018 quando foi proclamado o resultado das urnas,  Fernando Haddad reconheceu imediatamente a derrota e  cumprimentou Bolsonaro pela vitória. O que fez, então, o presidente eleito? Gravou um vídeo na sua casa no Rio de Janeiro e hostilizou o PT, fazendo o tradicional gesto conhecido como “arminha”, e dizendo que iria mandar a petralhada para a Venezuela. Ali, ele estava plantando a semente do ódio, marca registrada do seu governo. O resultado não poderia ter sido outro, infeliz e desgraçadamente.

3 COMENTÁRIOS

  1. Agora a torcida é para que o
    Lula
    faça um governo excelente para que os neonazistas nunca mais passem nem perto do Poder no Brasil.
    Agora vamos ser claros gente.
    O que menos o governo Lula conseguirá ser é um governo de esquerda.

    Será sim um governo humano, uma frente de retomada contra a barbárie e o fascismo e também um governo de retorno do Brasil ao mundo civilizado.

  2. Vai ser preciso deixar que o abastecimento urbano e a vida da população entre em colapso para ver que isso é uma ação orquestrada pelo submundo miliciano em que se transformou o governo brasileiro?

    Parar o fluxo de pessoas e de mercadorias em todo o país, por acaso, é “liberdade de expressão”?
    Tudo isso está ocorrendo, é óbvio, senão por ordem, por incentivo, pela omissão, do presidente da República.

    A Polícia Rodoviária Federal tornou-se – e inúmeros vídeos de “confraternização” com os bloqueadores mostram isso – cúmplices de crimes contra o direito de ir e vir da população.

    É ridículo, sim, mas é uma tentativa de golpe contra o processo eleitoral.
    Precisam de cadeia, não de diálogo, porque não há diálogo possível contra quem ataca as pessoas que querem viver o normal de suas vidas.

  3. Eles querendo ou não, dia 01.01.23 o Lula assumirá o cargo
    Isso é terrorismo, é inadmissível se fechar estradas e vias públicas, prejudicando a vida de milhões de pessoas, inclusive da própria seita de idólatras passa panistas do Milicinaru. Eles devem ser tratados como tal !

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