Calma, Lula tem o seu freio de arrumação

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Lula começa a encontrar já na transição muitas cascas de banana pelo caminho. O mercado reage com maus bofes ante um discurso do presidente eleito sobre combate à miséria; o centrão aceita votar a PEC da transição, para abrir espaço no orçamento do ano que vem visando a agenda social urgente e necessária, mas chantageia: quer incluir R$ 7,9 bilhões de emendas do orçamento secreto, uma trama urdida no Palácio do Planalto.

Lula vai precisar bem mais do que jogo de cintura para conseguir governar, recuperar a economia esfacelada e enfrentar o fantasma da fome que atinge mais de 30 milhões de brasileiros. É preciso muita calma nessa hora. O presidente sabe disso e deve sinalizar, já nessa sexta-feira, que responsabilidade fiscal é com ele mesmo. Como foi nos seus dois governos, quando acumulou quase  400 bilhões de dólares em reservas cambiais e terminou seu segundo mandato com crescimento de 7% e aprovação acima dos 80%.

Claro que isso é garantia, porque é o mesmo Lula e agora mais experiente. Portanto, o que o mercado, esse ser estranho, faz, é terrorismo. Para isso, invoca uma possível influência do governo Dilma na transição, por causa da indicação de nomes como Guido Mantega e Nelson Barbosa. Mas quem está no leme é o ultraconservador Geraldo Alckmin, o vice que Lula foi buscar no destroçado ninho tucano, para ser o seu freio de arrumação, como foi o megaempresário José de Alencar.

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