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Messias

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Pra não dizer que não falei de São Francisco de Assis

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A realidade dos números choca qualquer ser humano com um mínimo de sensibilidade social. A revelação não é de nenhum esquerdista, é do ex-banqueiro Eduardo Moreira. Diz ele que no Brasil, 0,1% das pessoas tem 90% do dinheiro depositado nos bancos e 1% detém metade das terras agricultáveis do país. O que mais espanta é o ódio que a elite e principalmente a classe média tem dos mais pobres, pouco se importando com o quadro de miséria que a gente vê nas ruas de manhã, de tarde e de noite.

A volta de quem não foi

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De Paula, o Carlos Alberto, nunca se afastou da política de Sarandi, mesmo estando inelegível. Diz um analista de botequim, que se ele for candidato “é pai bola”: será novamente prefeito. E com certeza vai disputar a sucessão de Volpato, pois acaba de ser absolvido pelo Tribunal de Justiça do Paraná, envolvido que foi na Operação Quadro Negro. A ação tramitava na justiça estadual desde 2013. O TJ concluiu 10 anos depois,que não havia prova mínima necessária contra De Paula no caso do desvio de dinheiro público da construção , ampliação e reforma de escolas estaduais. A Operação Quadro Negro foi desencadeada pelo Ministério Público, tendo como principal alvo o então governador Beto Richa, que se elegeu deputado federal em outubro.

A Suécia não é aqui…

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A Assembleia Legislativa começa a discutir nesta segunda-feira uma proposta tão interessante quanto ousada, para não dizer inviável : a que institui no Paraná  a Campanha Visão Zero. Inspirada no modelo sueco, visa  zerar o número de mortes e feridos graves no trânsito, principalmente das áreas urbanas. É louvável a preocupação dos parlamentares com a preservação da vida, mas a realidade das ruas e das estradas nos conduz mais ao realismo do que à utopia. De qualquer forma, esse é um debate que precisa acontecer e pode ser um ponto de partida para que os nossos motoristas tomem pelo menos um cálice da civilidade sueca. Lembrando que o sueco não ingere brännvin ( licor destilado de grãos e batata) antes de pegar no volante.

Missão difícil, quase impossível

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O deputado  Arilson Chiorato teve seu mandato de presidente no diretório estadual do PT prorrogado até 2025. E ele já começa a articular as alianças com os partidos afins para disputar as eleições municipais. Chiorato diz que o PT disputará as 399 prefeituras do Estado, mas deve priorizar  as cidades de Curitiba, Maringá, Londrina , Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Guarapuava. No caso de Maringá, onde ainda é grande o número de bolsonaristas que torcem o nariz para Lula, vai ser uma missão quase impossível. Ainda mais se for chapa pura ou, no máximo, em composição com o PC do B, PSB e PDT, aliados naturais .  Além do mais, não há no espectro partidário local nenhum progressista com densidade eleitoral suficiente para vencer a PTfobia.

A cidade que reluz, mas não é ouro

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O IBGE aponta aumento significativo nas populações de Mandaguaçu, Paiçandu, Floresta, Sarandi e Marialva. Isso tem uma explicação lógica: a proximidade desses municípios com Maringá e a fuga de trabalhadores que aqui residiam para áreas onde o preço dos imóveis, tanto para compra quanto para locação , possa se ajustar mais ao bolso das famílias.

Os prefeitos dessas cidades celebram,  porque a população tem peso na arrecadação, inclusive no fundo de participação dos municípios. Mas as demandas também aumentam, os problemas sociais idem e a violência segue a trilha. Basta ver o caso de Marialva, por exemplo, que sempre foi uma cidade pacata e ultimamente tem convivido com um índice de criminalidade assustador.  O mesmo raciocínio vale para Mandaguaçu e Floresta, já que Sarandi e Paiçandu,  por serem cidades conurbadas, herdam mais diretamente as mazelas da metrópole.

Some-se a tudo isso, a propaganda que Maringá faz, vendendo para o Brasil  um peixe que tem mais espinho do que carne. Por  óbvio, a Cidade Canção atrai muita gente de fora, que vem pra cá sonhando com o eldorado. Mas  quando se depara com a especulação imobiliária e um mercado de trabalho que é mais do mesmo, aí  percebe :  a cidade que  à distância reluz não é nada daquilo que o seu marketing sugere.

Havia um plano para matar Lula

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George Washington de Oliveira, aquele que botou a bomba no caminhão que levava 60 mil litros de querosene de aviação para o Aeroporto de Brasília , tinha outro plano diabólico: matar o presidente Lula no dia da posse com um tiro de fuzil. A informação é do ministro da Justiça, Flavio Dino, ao revelar para o Estadão que uma mensagem capturada do celular do terrorista não deixava dúvida. A Polícia Federal vai se aprofundar na investigação, porque o fato é de extrema gravidade e precisa ser apurado. George está preso, mas Dino acha que é preciso descobrir a origem da ameaça e quem estava por trás do plano.

Ainda na linha do “recordar é viver”

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Faço a propósito do Túnel Liner e da visão de futuro que teve o prefeito Said Ferreira, uma referência justíssima a Silvio Barros (pai). No início dos anos 70 (ele foi prefeito de 1973 a 1976), Silvio iniciou uma das obras de infra-estrutura mais importantes de Maringá: a rede de esgoto. Antes de lançar o projeto, disse ao discursar numa solenidade de 10 de maio: “Eu proíbo o mestre de cerimônia a chamar Maringá de Cidade Canção, enquanto a gente ver merda jorrando pelas calçadas do centro”. 

O estouro de fossas sépticas era comum, principalmente na Avenida Getúlio Vargas. Silvio tinha uma relação de amizade com o então ministro do Interior, Costa Cavalcante e com o presidente do BNH, Maurício Schulman. Graças a isso, conseguiu muito dinheiro para a rede de esgoto e para sua política habitacional que foi (no melhor sentido) bastante agressiva. Só lembrando que os conjuntos Karina, Borba Gato e os residenciais Maurício Schulman e Cristóvão Colombo foram construídos na gestão Silvio Barros.

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Um túnel do tempo à prova de alagamento

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Nesses tempos de muita chuva e alagamento pra toda banda, nunca é demais lembrar a existência de um túnel que os maringaenses nem sabem que existe. É o Túnel Liner, construído na segunda gestão Said Ferreira com uma tecnologia ultramoderna. A entrada é no nível da linha férrea  ali onde era o viaduto da Av. São Paulo, ao lado do Shopping Avenida Center e a saída, no lago do Parque do Ingá. O túnel, que dá para um homem de quase dois metros de altura caminhar dentro, sem precisar se abaixar, capta toda água das galerias pluviais existentes na região central de Maringá. Isso explica porque não há alagamento no centro da cidade, nem que chova num dia o que choveria em um mês. A possibilidade de alagamento só existe se as bocas de lobo estiverem entupidas.

Uma vez estive com um pessoal do DNIT e o então prefeito João Ivo Caleff na boca do Liner , que me pareceu aquele túnel por onde viajavam Tony e Doug, do seriado de TV O Túnel do Tempo. Um dia perguntei ao Dr. Said como ele havia feito aquela obra tão importante e não divulgou. A resposta foi em tom de auto indagação: “Por que haveria de divulgar, se ninguém iria se dar conta da importância do Túnel Liner , que só eu sabia qual era ? ”.

Quando o túnel foi construído , não houve placa, nem barulho, nem prejuízo para o comércio.  A empresa Armco Staco, que executou a obra, era detentora de uma tecnologia exclusiva, que seus engenheiros chamavam de “método não destrutivo”.  Custou aos cofres do município U$ 2 milhões , que o então prefeito pagou com a venda das ações que a Prefeitura tinha da Sanepar.

A natureza na lógica do oxenti

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Conta o Zé Beto que um paranaense elogiava o governador Ratinho Júnior para um experiente político nordestino no recinto da Câmara dos Deputados. “O governador é gente boa”, disse o solerte “puxa saco”,  ao que o astuto “terra seca”  respondeu:  “Pé de jaca não dá manga”.

Lendo isso pensei logo no meu avô paterno. Sentado na varanda da casa na Fazenda Canto (Pintadas-Bahia), dindinho Anacleto se perguntava, depois de acender seu cigarro  de fumo arapiraca e soltar a primeira baforada: “Oxenti, quem foi que disse que caatinga de porco dá licuri?”.

Temos muito a aprender com os macacos

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Se um macaco acumulasse mais bananas do que pudesse comer, enquanto a maioria dos outros macacos morresse de fome, os cientistas estudariam aquele macaco para descobrir o que diabos estaria acontecendo com ele. Quando os humanos fazem isso, nós os colocamos na capa da Forbes.

. Emir Sader