O programa do Huck homenageou na estreia do quadro máquina do tempo o ator paranaense Tony Ramos. Uma bela história e uma galeria de personagens por ele interpretados que não fica a dever nada aos maiores atores da história da televisão brasileira e também do cinema. Mas a produção do Domingão do Huck cometeu uma gafe imperdoável: omitir os dois personagens mais marcantes (e relevantes) da longa carreira do ator. Refiro-me a Riobaldo, de Grandre Sertões: Veredas e Getúlio Vargas, no filme GETÚLIO. A dramaticidade da cena do suicídio só poderia mesmo ser interpretada por um ator do talento e da dimensão de Ramos, que nasceu em Arapongas.
Messias
Lembrando Tancredo
Especula um blogueiro de Curitiba que o recém-eleito deputado Federal Beto Preto andou costeando o alambrado da transição para ver se conseguia um ministério no governo Lula. Foi um bom secretário de saúde do Paraná durante a pandemia e continuará sendo, à frente da pasta no segundo governo Ratinho Júnior. Mas o sonho do ex-prefeito de Apucarana seria o de ocupar um daqueles prédios da Esplanada dos Ministérios. Só lembrando que Beto Preto não é um estranho no ninho. Já foi filiado ao PT, mas virou as costas para o partido, migrando para o PSD do Kassab. De qualquer forma ele agradeceu a lembrança do seu nome para o ministério do ex-companheiro Lula.
Lembrança? Será que foi lembrado? É oportuno resgatar a historinha do Folclore Político (Sebastião Nery). Seguinte: “Um amigo do eleito governador de Minas Tancredo Neves, vivia dizendo pra todo mundo que seria secretário do novo governo. O governador anunciou seu secretariado num pacote só e lá não estava o nome do dito cujo. Ele foi tomar um café com o amigo e se queixou: “Dr. Tancredo, a cidade inteira tá comentando que eu seria secretário no seu governo. Não fui escolhido e nem tinha essa intenção. Mas fiquei feio na foto. O que eu digo para as pessoas?”. Tancredo,na sua sabedoria política mineira, deu a solução: “Responda a quem perguntar que eu lhe convidei mas você não aceitou”.
Um cisco no olho
O deputado Ênio Verri é apontado pelo movimento Vem Pra Rua como o parlamentar que mais gastou verba de gabinete em janeiro, mês em que o parlamento ainda estava em recesso. O gasto de R$ 85,302,00 pode ser facilmente explicado. Ou não. Ênio, que vai deixar o mandato para assumir o comando da Itaipu, precisa vir a público dar satisfação ao seu eleitorado, até como forma de evitar desgaste desnecessário e não produzir munição para adversários em eleições futuras. Isso funciona mais ou menos como cisco no olho.
O fantasma vermelho e o vampiro brasileiro
Sou tomado por um misto de perplexidade e riso sempre que ouço alguém manifestar preocupação com uma hipotética e ridícula ameaça comunista no Brasil. Vem logo à lembrança o discurso tosco do ex-presidente Jair Bolsonaro, que mesmo quando era deputado do baixíssimo clero nunca deixou de repetir a velha cantilena. Uma vez na presidência, usou o medo do comunismo, inoculado na alma brasileira por uma certa intentona, para justificar mais uma vez, a armação de um golpe de estado em nosso país. Deu certo com Getúlio Vargas em 1937 e com os militares em 1964. Mas com Bolsonaro e a direita descompensada que ele liderou, deu chabu em 2022/2023.
Não nos surpreendamos, porém. Esse fantasma, com cara de Bento Carneiro, o vampiro brasileiro, ficará sobrevoando o Planalto Central ainda por muito tempo. E como dizia o personagem do impagável Chico Anísio, “se você não creu neu, azar o seu…se finou”.
Boa lembrança
O leitor Marcos, lembra, a propósito da inundação daquela praça do Mercadão, que ali foi construída pelo então chefe do SAOP, Ivaldécio, um calçadão ecológico, que aliás, foi prática comum na gestão petista do Zé Claudio e do João Ivo. Esse tipo de calçada facilitava a absorção da água da chuva pelo solo desimpermeabilizado. Mas nas gestões Silvio Barros II, o modelo de calçamento ecológico foi desmontado. É claro que na área urbana onde o solo é todo coberto por asfalto e cimento , o escoamento da água da chuva fica limitado às galerias, geralmente obstruídas pelo lixo jogado nas bocas de lobo. O resultado é sempre a inundação quando os índices de precipitação pluviométrica são muito elevados.
Olho no lance !!!
Atenção, atenção: informa um atento leitor do blog que em Maringá existem postos vendendo gasolina a R$ 6,19, enquanto outros vendem a R$ 5,49.
Etimologicamente falando
O que é ser progressista? Na definição de mestre Aurélio é ser favorável a transformações políticas, econômicas e sobretudo, sociais. O que essa definição tem a ver com o Partido Progressista? Se você achar uma explicação convincente para tal diatribe, dou-lhe uma cuia de sarapatel , uma porção de baião de dois e como sobremesa, mousse de quixaba.
Dois pesos e duas medidas
O Ministério Público do Paraná quer a suspeição de Eduardo Appio, novo juiz da 13ª. Vara Federal de Curitiba. O magistrado fez críticas à sentença de Sérgio Moro contra Lula e teria, segundo a procuradora Carolina Bonfadini, até feito doação à campanha presidencial de Lula. Conforme notícia do jornal O Globo, a procuradora diz em seu pedido que Appio “não está investido do necessário atributo da imparcialidade, o que inviabiliza a apreciação justa e prolação de decisão equânime pelo magistrado”.
A ser comprovada esta suspeita, está correta a procuradora. Não dá pra dizer o mesmo do MP quando não se atentou lá atrás para a parcialidade do então juiz da 13ª. Vara , quando ele mandou o ex-presidente para a cadeia, tornando-o inelegível em 2018 e depois virando ministro do candidato vencedor.
O preço da incivilidade
O que justificaria um alagamento na região central de Maringá como o regitsrdado na tarde dessa quinta-feira? Talvez nem os 40mm que seria normal chover em um dia e caiu em apenas uma hora. O que aconteceu, por exemplo, no Mercadão, deve servir de alerta para que a Prefeitura faça uma checagem geral das condições das bocas de lobo. Como toda água da chuva que cai no centro escore das galerias pluviais para o Túnel Liner, é bem provável que há muito bueiro obstruído pelo lixo que as pessoas jogam a todo momento nessas válvulas de escape.
Dia desses eu passava por uma avenida do Novo Centro e uma senhora de idade estava retirando de uma boca de lobo uma marmita de isopor e uma garrafa pete. Parei para ajudar e ouvir o desabafo daquela zelosa senhora: “Quem faz um negócio desse é criminoso, você não acha?”. Respondi: “acho, mas o problema da falta de conscientização é uma questão cultural , que pode ser minimizado com campanhas educativas, coisa que não temos visto por aqui”.
Não dá pra tolerar o intolerável
A fala do vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, de apoio ao trabalho escravo e de ofensa à Bahia, aos baianos e a todo o povo nordestino, é algo inaceitável. O mínimo que pode acontecer com o escroque é a cassação de seu mandato.