Tem muita gente ripando a madeira na proposta de moeda comum entre Brasil e Argentina. Falta o ministro Fernando Haddad esclarecer, didaticamente, que a moeda seria restrita às transações comerciais entre os dois países. Nada a ver com o real e com o peso.
Messias
Será que ele vai?
O advogado Luiz Fernando Delazari, que foi secretário de segurança em dois governos de Requião, será o novo diretor jurídico da Itaipu Binacional. Ele foi nomeado pelo presidente Lula, que certamente não sabia da sua grande amizade com o ex-juiz Sérgio Moro. Eleito senador, o todo poderoso da lava jato, pretende se colocar como líder da oposição ao presidente que ele prendeu. Será que Moro vai prestigiar a posse do amigo?
A volta que gera receios
Me informa Umberto Crispim, um dos principais porta-vozes do clã Barros, que Silvio já aceitou o convite-imposição do irmão Ricardo para ser candidato a prefeito de Maringá em 2024. Silvio Magalhães Barros II tem tudo para administrar Maringá pela terceira vez, a julgar pelo quadro de prefeituráveis que a cidade tem hoje. Essa possibilidade agita os garis, que estariam, desde já, temerosos com uma nova terceirização da coleta de lixo.
Claro, eles não mencionam Silvio e nem qualquer outro nome, mas de acordo com o colunista dp Jornal do Povo, Angelo Salgueiro, o receio existe. Fui checar a informação com um gari que passava dia desses na minha rua e ele deixou escapar: “Silvio? Affe!!!”
Capital da ponkan
Já passou pela Câmara Federal e vai a votação no Senado o projeto de lei que transforma a cidade paranaense de Cerro Azul , terra da laranja, em Capital Nacional da Ponkan.
Terá que renunciar
Ênio Verri assume em fevereiro a presidencia da Itaipu Binacional, mas terá que renunciar ao mandato de deputado federal. Se nomeado para qualquer outro cargo público que não fosse uma estatal, bastava se licenciar.
O escatológico professor de merda
Um professor de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná é o personagem do momento, inclusive nacionalmente. Motivo: a maneira “cortês” e “educada” de tratar seus alunos. De acordo com notícia publicada pelo portal G1-PR, os alunos estão em pé de guerra com o professor, hoje na linha de tiro do Conselho Universitário da UFPR. Segundo uma aluna, que se diz humilhada aula sim, aula também, isso é o mínimo que o professor vocifera em sala , principalmente ao avaliar provas e trabalhos individuais ou em equipes:“Eu mando nessa merda, eu dou as ordens!”, “O trabalho de vocês está uma merda!”, “Quer me processar? Vai lá!” e “Teu trabalho tá um cocô!”
Uma Auschwitz no coração da Amazônia
Não há meias palavras para definir esse verdadeiro genocídio dos povos Yanomami: temos na Amazônia Legal uma “Auschwitz Brasileira”. As cenas exibidas para o mundo na última sexta-feira após a visita do presidente Lula a Roraima são chocantes, lembram sim o principal campo de concentração nazista.
Nos últimos quatro anos o povo Yanomami comeu o pão que o diabo amassou e um pouco mais, nas mãos principalmente de garimpeiros ilegais, grileiros e contrabandistas de madeira. Não é preciso ser indigenista, nem sociólogo e nem antropólogo, para perceber que trata-se de um genocídio programado, já que aquelas áreas, ricas em minérios e madeiras de lei, são objetos de muita cobiça. E se o estado brasileiro não proteger os índios , o extermínio será inevitável.
Honoráveis Srs de “bem”…
“Os empresários tentaram culpar seus próprios executivos e os auditores pela fraude que vem ocorrendo há vários anos e que representará perdas de 90% para os credores”(247).
Lemann, Sicupira e Telles, os três homens mais ricos do Brasil, são apontados como articuladores do maior golpe financeiro da história do país. Podem ser processados nos Estados Unidos e mesmo devolvendo os R$ 20 bilhões que desviaram das Lojas Americanas, lesando dezenas de investidores de Wall Street , poderão ser condenados e presos,conforme matéria do portal JB (Jornal do Brasil). Resta saber se o governo do presidente Lula os extraditariam para a terra de Tio Sam.
De pai pra filho
O professor tinha o hábito de pegar filmes toda sexta-feira para assistir em casa nos finais de semana. Era um dos principais clientes da locadora do Chico, que ficava ali na Avenida Morangueira, perto da UEM, onde o mestre lecionava Geografia.
Numa certa manhã, faltando poucas semanas para a eleição presidencial de 2004, o pleito já estava praticamente definido. O sociólogo Fernando Henrique Cardoso, chamado na embaixada brasileira dos Estados Unidos para voltar ao Brasil, assinar o Plano Real como ministro da fazenda e disputar a presidência, levou aquela eleição de barbada. Mas o processo eleitoral seguia normal, os candidatos faziam campanha, o clima não era de ódio, era de disputa,mas de celebração da democracia.
O professor pegou a pilha de fitas no balcão, checou se era mesmo os filmes que havia escolhido e quando aguardava o atendente colocar as fitas numa sacola plástica, eis que chega o dono da locadora e faz uma saudação característica do comerciante que quer agradar o freguês:
-Olá professor, tudo bem com o senhor?
– Tudo bem. Ou melhor, agora tudo mal. Pode pegar essas fitas de volta e cancelar minha ficha que aqui não volto mais.
O professor virou as costas e foi embora sem o que tinha ido buscar. Motivo: o dono da locadora vestia uma camiseta com a foto do Lula estampada no peito. O professor, com quem, aliás, tive boas aulas de Geografia no curso de Estudos Sociais, era Dalto Moro, pai de Sérgio, o juiz da lava-jato que se elegeu senador pelo Paraná este ano.
Conto essa história, que é verídica, apenas porque ela pode facilitar a compreensão sobre o ódio ideológico que Sérgio Moro tem da esquerda, e particularmente de Lula, que ele prendeu. O ódio ideológico, como se vê, pode ser endêmico e hereditário, inclusive passando de pai para filho.
É genocídio. Não tem outra palavra
Genocídio de indígenas na terra Yanomami, onde o garimpo ilegal provocou a tragédia humanitária que escandalizou o Brasil nesta sexta-feira. O presidente Lula foi pessoalmente a Roraima ver a extensão do problema e ficou chocado com as imagens e os dados sobre o número de crianças mortas em quatro anos por doenças evitáveis e desnutrição. A partir de segunda-feira a Polícia Federal começa a investigar os fortes indícios de crime de genocídio na reserva atacada por garimpeiros com a conivência (por omissão) do governo Bolsonaro. Das 570 crianças mortas de 2019 para cá, 505 tinham menos de 1 ano de idade. Além disso, houve muitos assassinatos por lá.