O governador Ratinho Júnior decretou luto oficial no Paraná por três dias, em homenagem a Pelé, morto ontem aos 82 anos. E dona Celeste, a mãe do rei do futebol, vai enterrar o filho ilustre aos 100 anos. Assim é a vida.
Messias
Sem financiador, nada feito
Bolsonaristas de vários estados brasileiros estão indo em caravanas para Brasília para passarem o Reveillon em frente ao quartel general do Exército. Segundo o Correio Brasiliense nenhum ônibus do Paraná está a caminho, porque faltou financiador. Cada um paga a sua passagem (entre R$ 150 e R$ 200) e não querer meter a mão no bolso é prova de que a devoção pelo mito aos poucos se esvai.
Um nasceu para o outro. E ponto final
Pelé e a bola, a bola e Pelé. Quem há de dizer que um não nasceu para o outro?

Do futebol à economia
Londrina e Maringá são rivais históricos no futebol. Era uma rivalidade saudável e que fazia das duas cidades dois grandes polos futebolísticos do Sul do país. Mas o futebol do interior perdeu o visgo e até o encanto. Hoje essa rivalidade não existe, a não ser na memória dos saudosistas, que chegavam a sair na mão em clássicos do café no Wilie Davids ou no Vitorino Gonçalves Dias. Galo e Tubarão faziam grandes jogos e as torcidas, grandes espetáculos, às vezes, infelizmente, regados à violência.
Mas isso é passado. Hoje, as duas metrópoles rivalizam em outros setores, como agora na economia, quando Londrina se gaba de ser o 47º maior PIB municipal do país e Maringá o 52º, conforme dados do IBGE. Mas há um detalhe que faz o maringaense estufar um pouco mais o peito: em 2022 o Produto Interno Bruto de Maringá cresceu mais do que o de Londrina – 4% contra 1%.
Obs (pertinente e necessária) :
A foto, que foi capa da quinta edição da POIS É, mostra Garoto, o grande ídolo do Grêmio Esportivo Maringá no início dos anos 60 e o goleiro Zeferino, ídolo do Londrina na mesma época. A elaboração dessa foto histórica envolveu todo um trabalho de logística, comandado por mim e pelo Antônio Moscardi. Primeiro, viabilizamos o encontro em Maringá do Zeferino e do Zé Garoto e depois precisamos da autorização do então prefeito Said Ferreira para acender os refletores do WD, só para o clic.
Pedra no sapato
“O governo do rato está vendendo a Copel, a Compagas (que eu criei ), privatizando escolas públicas, vendendo Sanepar. Que coisa triste, produto da ignorância e incompetência”, critica o ex-governador Roberto Requião, pedra no sapato do atual ocupante do Palácio Iguaçu.
Seguro morreu de velho…
Mas todo o cuidado é pouco, porque o ovo da serpente ainda choca em manifestações contra a democracia, Brasil a fora.
Dino chuta o pau da barraca
O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já está exercendo plenamente o cargo, na preparação dos esquemas preventivos de segurança para a posse do presidente Lula, que terá a presença do maior número de chefes de estado da história da república.
Dino, que foi juiz federal e deixou a magistratura para ingressar na política, sempre demonstra calma em suas falas e se expressa com oratória certeira e frases cortantes. Para prevenir novos atentados ele tenta desmontar as concentrações absurdas ainda existente na frente dos quartéis e, usando sempre a Constituição como cassetete, chuta o pau da barraca.
A história se repetindo como farsa
João Goulart ainda estava em solo brasileiro quando um apressado presidente do Congresso Nacional, Auro de Moura Andrade, gritou em alto e bom som no dia 2 de abril de 1964: “Considerando que o presidente da república fugiu do país, declaro vaga a presidência da república”. O deputado Tancredo Neves pegou o microfone e gritou mais alto ainda: “Mentira, o presidente continua em território brasileiro… canalha, canalha, canalha”.
Andrade considerou, ainda que de forma açodada, que não poderia haver vacância de poder e anunciou a posse do presidente da Câmara Ranieri Mazili. Mal sabia ele que o nosso país iria chegar a dezembro de 2022 com a cadeira presidencial cheia de nada e vazia de tudo.
Diferencinha boba, né?
O Paraná terá em 2023 um orçamento de R$ 60,5 bilhões. Ao prefeito de São Paulo caberá administrar um orçamento de R$ 95,8 bilhões e ao governador Tarciso de Freitas, R$ 317,4 bilhões. Diferença pouca, né meu amigo Astrogildo?