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Messias

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Governador é o alvo

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A batata de Tarcísio de Freitas está assando e ele corre o risco de sequer, conseguir a reeleição para governador de São Paulo. O deputado estadual Carlos Giannazi, do PSOL, está coletando assinaturas na Assembleia Legislativa para uma CPI das bebidas contaminadas. O alvo principal é o governador, que causou perplexidade ao afirmar, sem provas, que o PCC não tem nada a ver com a introdução de metanol em bebidas destiladas. Diz o parlamentar: “Eu apresentei o requerimento para que seja instalada uma CPI para investigar o que vem acontecendo no estado de São Paulo, com pessoas morrendo e outras ficando cegas. O governador do estado, Tarcísio de Freitas, de forma muito estranha, sem que houvesse investigação, já saiu defendendo o crime organizado, dizendo que não teria relação alguma. Como o Tarcísio sabe que o crime organizado não está envolvido, se ele mesmo não sabia que o crime está entranhado na Faria Lima, no agronegócio e nos postos de gasolina?”,

“Eu te avisei, Moro”

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Ratinho Júnior bateu  o martelo: vai investir pesado na candidatura do atual presidente da Alep para o governo do Paraná, enquanto trabalhará pela sua própria candidatura a presidente da república ou, na pior das hipóteses,  a Senador. Na prática significa o enterro da candidatura Sérgio Moro ao Palácio Iguaçu, já torpedeada por Ricardo Barros, que lança o nome da esposa Cida Borghetti, não com outro objetivo senão o de negociar com o provável futuro governador Alexandre Curi. Bem que Barros avisou a Moro? “Política de resultado não é pra amador”.

O Brasil e a ruptura com o atraso

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Depois do Senado aprovar o Projeto de Lei da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, virá o debate sobre o fim da jornada 6 x 1. O próprio presidente Lula deve encabeçar a discussão, que já ganha força no mundo do trabalho. Era de se esperar que o setor empresarial brasileiros fosse questionar a redução , com a falácia de que ela  aumenta os custos das empresas e reduz a competitividade. Vamos lembrar que quando o presidente João Goulart transformou um abono voluntário em 13º salário no início dos anos 60 o mundo veio abaixo. O empresariado dizia que o setor empresarial ia quebrar, o Brasil ia quebrar. O que se vê hoje é o 13º salvando melhorando a economia todo fim de ano.

Quanto ao fim da jornada 6 x 1 (6 dias de trabalho por 1 de descanso), seria a pá de cal em uma era de exploração do trabalho que, evidentemente,  garantiria um maior equilíbrio na vida profissional de homens e mulheres, que assim, poderiam passar mais tempo convivendo em família. O governo estuda compensações para as empresas, que poderão reduzir custos, por exemplo, com o transporte de seus funcionários, já que paralelamente à fixação de uma jornada menor, no caso de 36 horas semanais, poderá ser implantada em todo o país o a tarifa zero no transporte coletivo urbano.

Transporte gratuitos em ônibus e metrôs não é novidade no Brasil, onde algumas cidades já passam pela experiência com sucesso. É o caso de Maricá (RJ) e Teresina (PI), administradas pelo PT.  Some-se a este fator de compensação o da produtividade, tanto no comércio quanto na indústria. Aliás, a   Organização Internacional doTrabalho aponta a redução de jornada como de fundamental importância para melhorar a produtividade, reduzir acidentes e equilibrar melhor a vida profissional e pessoal.

O ministro Flávio Dino, do STF, diz que “não existe irresponsabilidade fiscal maior do que a precarização do trabalho humano, porque isso vai produzir um déficit inadministrável na seguridade social, que se manifesta pela via do crescimento do número de BPCs e pelo inchaço do  SUS”. Fica claro que na medida em que a pobreza avança, os custos sociais explodem, atingindo todos os setores, inclusive o produtivo. E se o sábio Leonel Brizola já dizia que a educação não é cara, cara é a ignorância, é o caso de se concluir: “a saúde e o bem estar da população não é cara, caras são a doença e a injustiça social”.

Os cães ladraram, mas a caravana passou

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A bancada direitista, incluindo Centrão e bolsonaristas raiz, tentou de todo jeito, desfigurar o projeto de lei que isenta de imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. Apresentaram uma porrada de emendas, 102 para ser mais exato. Dessas, 100 foram rejeitadas. Mas uma chamou particularmente atenção:  a que garantiria desconto até para despesas com  funeral de cachorro. O autor da “pérola” é o deputado paranaense Matheus Loiola, do União Brasil. Matheus e outros parlamentares como Renata Abreu , do Podemos de São Paulo, ampliariam tanto a faixa de descontos para quem tem que pagar, que deixariam portas abertas para os ricos sonegarem. E teve mais absurdo: Aureo Ribeiro , do Solidariedade, partido do indigitado Paulinho da Força, propôs dedução com gastos em academias de ginástica e outro parlamentar tentou incluir despesas com cursos de língua estrangeira. É o não é um escárnio?

Barros costeia o alambrado da CPI do INSS

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 Está em vários portais de notícias , inclusive os mais importantes do país como o UOL, da Folha de São Paulo:  “Maringaense defendeu interesses da  Sudacred, acusada de fazer descontos indevidos de aposentados, via débito automático, e cujo sócio foi condenado por organização criminosa”. O maringaense no caso é o deputado Ricardo Barros, acusado de ter ligações diretas com a Sudacred, investigada por fazer descontos indevidos de aposentados, via débito automático, e cujo sócio majoritário é  Luciano Fracaro, condenado por integrar uma organização criminosa. De acordo com o UOL  “Barros solicitou e participou de reuniões no Banco Central, na Caixa e no Banco do Brasil para defender interesses da Sudacred. Também telefonou para um dos cinco maiores bancos privados do país com o mesmo objetivo”. O caso está sendo tratado pela CPI do INSS e quem falou  dele foi o aguerrido deputado gaúcho Paulo Pimenta, do PT. Será que é a isso que se dá o nome de política de resultado?

O cara

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“Foguete não tem ré”. Palavra de um grupo de prefeitos e líderes partidários, que chamam Alexandre Curi, atual presidente da ALEP, de futuro governador do Paraná. Será o candidato de Ratinho Júnior e da elite paranaense. Trocando em miúdo: Sérgio Moro ou Cida Borghetti, deverão ser figurantes. Quanto à esquerda, quem estará na corrida? Dizem que será o petista Ênio Verri, mas por mais que Lula esteja bem , e está muito bem no momento, não decola. O problema não  é Ênio, é a PTfobia , que domina o grosso do eleitorado paranaense, capitaneado pela direita rançosa.

Tarcísio é a direita na corda bamba

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O blogueiro paranaense Esmael Moraes  postou essa foto e, numa grande sacada, lembrou que Tarcísio de Freitas  se ajoelhou diante de  Bolsonaro, mas não obteve a bênção do mito para 2026. Pelo contrário, recebeu foi uma carraspana corretiva do 01 (Flávio), que foi claro: “Não haverá chapa de presidente sem um Bolsonaro na cabeça”. Resultado: o governador de São Paulo voltou para o Palácio dos Bandeirantes com o rabinho entre as pernas. Ele achou, como muitos acham, que Jair Bolsonaro seria humilde o suficiente, para saber que ele não passará de um bom cabo eleitoral ano que vem e que em termos eleitorais é bananeira que já deu cacho. Agora, dizem os analistas, que Ratinho Júnior passa a ser bola da vez. Mas com um detalhe: se dará mal caso ignore que, com o chefe do clã, ajoelhou tem que rezar.

Resistir é preciso

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Lendo o livro COMO AS DEMOCRACIAS MORREM, que ganhei de presente do mano Antônio Mendes, tive a sensação de que os cientistas políticos de Harvard, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt  tinham viajado no túnel do tempo para o futuro próximo e viveu no Brasil de 2019 a 2022. A morte da democracia começa quando os líderes políticos no poder desconsideram  as regras básicas do jogo democrático e, ignorando completamente os direitos civis e o respeito a quem pensa diferente, começam a dinamitar as instituições democráticas por dentro. O indicio mais forte do ataque é a busca sistemática do enfraquecimento do Poder Judiciário. O primeiro objetivo do líder travestido de democrata é a busca de vantagens pecuniárias para si e para seu séquito. Para isso conta com parte da mídia e das redes sociais, que fazem o trabalho sujo de espalhar desinformação. Mas tem remédio:é a mobilização popular e as manifestações contra a PEC da bandidagem foi um recado importante.

RMM tem 26, mas teá apenas 5 municípios

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Há um critério quase universal segundo o qual uma região metropolitana deve ser composta por municípios conurbados ou que apresentem possibilidades geográficas de conurbação futura. Com base nessa premissa o então deputado estadual Joel Coimbra apresentou na Assembleia Legislativa do Paraná o projeto da Região Metroplitana de Maringá, que nasceu originalmente com 8 municípios. Porém, ignorando critérios técnicos, alguns deputados foram agregando municípios à de Maringá e também à Região Metropolitana de Londrina.

Passado tanto tempo, o governo estadual decidiu engatar uma marcha ré e recuar para além do projeto original aprovado pela  Alep. Assim, a RMM deverá ter apenas 5 municípios e não mais os 26 incorporados por parlamentares interessados na ampliação da suas bases eleitorais, caso da então deputada Cida Borgheti, que promoveu um verdadeiro inchaço da  Região Metropolitana de Maringá.

 Ainda compõem a Região Metropolitana de Maringá , além do município sede,  que eu chamaria de cabeça de rede: Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Paiçandu, Ângulo, Iguaraçu, Mandaguaçu, Floresta, Dr. Camargo, Itambé, Astorga, Ivatuba, Presidente Castelo Branco, Flórida, Santa Fé, Lobato, Munhoz de Mello, Floraí, Atalaia, São Jorge do Ivaí, Orizona, Nova Esperança, Bom Sucesso, Jandaia do Sul e Cambira . De hora em diante, ficarão apenas Maringá, Sarandi, Paiçandu, Mandaguari e Marialva, as três primeiras já conurbadas e as outras duas, próximas de ter seus perímetros urbanos interligados.

A política como ela é

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A direita bate cabeça atrás de um nome que possa enfrentar Lula em 2026 com chanes reais de vitóri. Tarcísio de Freitas está se dismilinguindo pelo seu extremismo e subserviência ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Está  sendo aconselhado a buscar a reeleição para o governo de São Paulo e empurrar o sonho presidencial para 2030. A bola da vez passa a ser o governador  do Paraná, Ratinho Júnior, que empata com o seu colega paulista em todos os cenários. Enquanto isso, o presidente Lula se consolida para um eventual quarto mandato.