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Messias

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Que conversa é essa?

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Por falar em esquerda, setores da mídia paranaense vem insinuando que o ex-delegado e deputado estadual (cassado)  Fernando Francischini , bolsonarista de carteirinha, está mudando de coloração. Estaria ganhando a cor rosa-choque por ter ingressado e se transformado em presidente do diretório estadual do Solidariedade. Alto lá ! Desde quando o Solidariedade é um partido de esquerda? Paulinho da Força, esquerdista? Para, ô!

Um presidente de esquerda

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A esquerda está novamente no poder no Paraná. Calma, é no comando da OAB, que elegeu o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira para presidente da seção paranaense da Ordem. Casagrande é associado à escola de Enver Hoxha, da Albânia, segundo o jornalista e também advogado Esmael Moraes, em seu blog. O último esquerdista a ocupar o posto foi Juliano Breda, maoista de quatro costados. O novo presidente da OAB-PR é filho do ex-governador Mário Pereira, que chegou ao Palácio Iguaçu na condição de vice de Roberto Requião. Dizem que ele deverá ser candidato ao Senado em 2026.

Se assim é que lhe parece

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Errata

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Cometi uma imprecisão na postagem  “A farsa poderia ter se repetido como tragédia”, afirmando que a intentona comunista era uma revolta contra o Estado Novo. O professor Reginaldo Dias me corrige, lembrando que a ditadura Vargas começou em 37 com a Carta Polaca. Claro que eu sabia disso mas cometi o que meu primo Canozinho chamaria de ato falho. Por isso celebro a máxima de Zeca Patióba: “Quem tem amigo historiador não morre pagão”.

Em bate-boca pelo X, Paes chama Moro de lixo

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O juiz Marcelo Bretas, que atuou pela Lava Jato no Rio de Janeiro e atualmente está afastado da magistratura por determinação do Conselho Nacional de Justiça,  acha que não existe punição para crimes quando o autor desiste de cometê-los. Disse isso para defender os 37 indiciados pela Polícia Federal, inclusive Jair Bolsonaro, pelas ações golpistas, que incluíam até plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. O prefeito do Rio Eduardo Paes esconjurou a posição de Bretas,  chamando-o de delinquente.  Sérgio Moro se doeu: “delinquentes eram os seus amigos que o Bretas  prendeu.” Paes respondeu, indo direto na jugular do senador, chamado várias vezes por críticos da Lava Jato de marreco de Maringá:  “Vocês dois são o exemplo do que não deve ser o Judiciário. Destruíram a luta contra a corrupção graças a ambição politica de ambos. Você ainda conseguiu um emprego de ministro da Justiça e foi mais longe na política. Esse aí nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se a sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!”

    

A nossa democracia esteve por um fio

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Entre as tantas coisas estarrecedoras que a PF descobriu no celular do ajudante de ordem do então presidente Bolsonaro, Mauro Cid, estava um plano de controle total de informações no país, para manter a população aos pés e em reverência permanente ao “bezerro de ouro” que continuaria pela força das armas habitando o Palácio da Alvorada. Nosso país seria um verdadeiro big brother, onde  os brasileiros que pensam seriam vigiados 24 por dias pelo sistema de monitoramento. Essa ignomínia só não se materializou porque houve resistência interna no Forte Apache.  

Confesso que vivi

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“Morre lentamente quem se torna escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos… Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru… Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói sua autoestima, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem passa os dias reclamando da má sorte ou da chuva incessante. Evitemos a morte em suaves quotas, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples ato de respirar…”

. Pablo Neruda (1904-1973).

A biografia tóxica de um político tóxico

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A experiente colunista política Dora Kramer ( Folha de S.Paulo) faz uma retrospectiva interessante, que leva o seu leitor a entender um pouco da cabeça de Jair Messias Bolsonaro. A história desse personagem tóxico da política brasileira, é assim resumida pela jornalista: “Em 1986 ele era cabo do Exército e foi preso por 15 dias por atos de indisciplina relacionados à reinvindicação por aumento de salário. No ano seguinte apareceu como autor de um plano para explodir bombas em quarteis pelo mesmo motivo. Foi julgado, condenado e depois absolvido pelo Superior Tribunal Militar, quando passou para a reserva como capitão. De cabo a capitão em pouco mais de um ano é algo impossível de acontecer. Mas ele fez mais na democracia brasileira. Entrou para a política e, anos depois, de deputado federal anônimo, chegou a presidente da República. Se ficasse como “cabo”, poderia chegar a subtenente e ido para a reserva no anonimato, deixando o Brasil um pouco menos espantado”.

Ele não viveu para ver o que tinha previsto

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Nunca é demais lembrar  Gustavo Bebiano, braço direito do presidente Bolsonaro no início do governo e que depois se desentendeu com o clã.  Não demorou e foi enxotado do Palácio do Planalto. Depois, com o coração cheio de justa mágoa, mandou um recado para seu ex-amigo e presidente Jair Messias: “ Tenho um celular com mensagens que se vier a público estremece a Praça dos Três Poderes”.  O celular, claro, não estava em poder dele, Bebiano o havia deixado com um amigo que mora nos Estados Unidos. Meses depois ele morreu, de infarto segundo o laudo médico. Amigos e familiares estranharam, já que Bebiano não tinha problemas cardíacos, praticava esporte e gozava de saúde de ferro.

 Estou lembrando da morte de Gustavo Bebiano, como lembrei também do mistério que ainda cerca as mortes de João Goulart e Juscelino Kubistchek , por causa da ameaça de envenenamento do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e da execução à bala,  do então presidente do TSE , ministro Alexandre de Moraes. Bebiano sabia muito e o tal celular que ele disse que tinha , nunca apareceu. Se isso estivesse acontecido, Bolsonaro já estaria preso.

Carta aberta à vereadora Giselli Bianchini

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Senhora vereadora, antes de mais nada, parabéns pela vitória nas urnas. Como perguntar não ofende, me atrevo a fazer umas perguntinhas básicas, oportunas dado o momento político que vivemos no país. Será que a nobre edil, eleita para o seu primeiro mandato, continua pensando que Bolsonaro seria a solução para o Brasil, se mantido no poder por meio de um golpe de estado sangrento, como ficou claro no curso das investigações da Polícia Federal? Sei que a senhora defende a democracia, mas que democracia é essa? A do discurso de ódio, da homofobia, do sexismo, do racismo e da síndrome de Caco Antibes ?

Espero que tenha mudado sua forma de pensar, de achar que o lema “ Deus , pátria e família”  seja  coisa de cristão patriota. O eleitor tem todo o direito de escolher quem quiser, ainda que tenha dificuldade de juntar lé com cré. A  democracia , todos sabem, pressupõe bom senso e  civilidade. Pressupõe sobretudo a convivência pacífica entre os diferentes. Pressupõe saber que feliz é o povo que se respeita mutuamente, independente da ideologia, da religião e da opção sexual de cada  cidadão e cidadã.

Não sou menos brasileiro e menos patriota do que ninguém,  só porque me recuso a sair por aí ostentando  verde e amarelo,  em autêntica usurpação dos símbolos nacionais. Pode acreditar : na condição de maringaense que há mais de meio século escolheu essa cidade para viver e aqui constituir família, desejo, de coração, que a senhora possa fazer um mandato profícuo, sobretudo de total apego à democracia e apreço pela ciência. Com perdão da metáfora já desbotada pelo excesso de uso, nunca é tarde para reconhecer que a terra é redonda.