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Messias

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Caymmi foi pra Maracangalha, eu vou pra Pintadas

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Semana que vem estarei postando de Pintadas (Bahia), minha terra natal, para onde estou indo lançar o meu livro Orelha de Jegue. A última vez que estive lá foi há 14 anos. Assim como Drummond de Andrade gostava de falar de sua Itabira; Ziraldo se orgulhava de descrever as belezas de Caratinga e o grande e internacionalmente conhecido geógrafo Milon Santos, a sua Brotas de Macaúbas , também na Bahia, me orgulho de falar de Pintadas.

O choro é livre

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Bolsonaro insiste no impedimento de Alexandre de Moraes para julgar os casos da tentativa de golpe, nos quais o capitão está envolvido até a medula. Mas o Supremo não dá nenhuma indicação de que poderá acatar o pedido, que não tem o menor cabimento. Significa que o STF não vai tirar o Xandão da nuca de Bolsonaro, que certamente anda tendo pesadelo com a Papuda.

Devolveu tá limpo. Pode isso, Arnaldo?

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O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Paraná por muito tempo, Ademar Troiano , é réu confesso. Foi acusado de receber propina de empresários, e tanto recebeu que fez um acordo de leniência para devolver dinheiro ao erário. Não foi ameaçado de cassação em nenhum momento e agora chega à presidência da Comissão de Justiça da Alep a  mais importante da casa. A impunidade é a principal causa  da corrupção.

A trágica normalização da tragédia

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É uma cena maringaense, é uma cena curitibana, paulista, londrinense, carioca, brasileira. A população de rua é uma chaga que nos inquieta e envergonha a quem vergonha tem. O que fazer para minimizar esse drama? É questão de governo? Não só, a sociedade também precisa assumir sua parte e parar de achar que políticas sociais são gastos e não investimentos. Enquanto a mídia tradicional atuar como vassala do mercado, normalizando tragédias sociais como a da população de rua, o Brasil continuará marchando para aquela definição trágica de Josué de Castro: “O Brasil se divide entre os que não comem e os que não dormem, com medo dos que não comem”.

A volta do cipó de aroeira…

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O então presidente Jair Bolsonaro queria endurecer o jogo do poder com jornalistas, ativistas e opositores, que o incomodava e o deixava furioso nos desabafos que fazia permanentemente no “Cercadinho”. Lembram disso? Se você não lembra, o jurista Lenio Streck refresca sua memória: “Havia já na metade do seu governo uma ameaça iminente de golpe de Estado. Vocês se lembram quando Bolsonaro tentou interpretar, entre aspas, o artigo 142 da Constituição para justificar uma intervenção nos poderes ? Pois é, ”trabalhou pela aprovação da Lei 14.197 de 2021, que substituiu a antiga Lei de Segurança Nacional e a sancionou com a certeza de que disporia de um mecanismo jurídico para punir duramente seus opositores. Ocorre, porém que é esta mesma lei que poderá levar Bolsonaro à cadeia”. Só lembrando que a Lei 14.197 inclui crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito. E foi exatamente por tal crime que o ex-presidente foi indiciado e pode, já a partir do ano que vem, passar a caneca nas grades da Papuda.

Antecipação da diplomação desidrata o golpe

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Um livro recém lançado pelo jornalista Luís Costa Pinto revela que Bolsonaro pretendia dar o golpe , decretando estado de sítio e uma GLO antes da diplomação de Lula e Alckmin no dia 19 de dezembro. Isso porque  “na cabeça dos bolsonaristas a combinação de Estado de Sítio e GLO cancelaria a solenidade formal no TSE, uma vez que a diplomação de um presidente eleito —então prevista para 19 de dezembro—decreta o fim do processo eleitoral e determina a inexorabilidade da troca de comando no país”. A leitura de Bolsonaro então era de que precisava agir antes da diplomação. Informado sobre esse plano, o então presidente do TSE, Alexandre de Moraes decidiu antecipar a diplomação para o dia 12.  

Pego de surpresa, Bolsonaro se viu atrapalhado e alguns cabeças do bolsonarismo, então, decidiram partir para o tudo ou nada. Criaram um ambiente de caos em Brasília, incendiando carros nas ruas e invadindo a sede da Polícia Federal. Era a senha para a decretação do Estado de Sítio e de uma Garantia da Lei e da Ordem. Feito isso, pronto, Lula  não assumiria e o ocupante do Palácio do Planalto continuaria lá, mandando, fazendo e acontecendo.

O jornalista revela bastidores interessantes, que mostra que o golpe começou a ser abortado na antecipação de 19 para 12 de dezembro da diplomação do presidente e vice eleitos. As tentativas continuaram com o episódio da bomba em um  caminhão tanque com 60 mil litros de querosene de aviação que explodiria dentro do terminal  de abastecimento das aeronaves no Aeroporto de Brasília. A bomba instalada embaixo do caminhão foi descoberta a tempo pelo motorista. Além disso, os acampamentos na frente dos quarteis do Exército continuavam em todo o país, culminando na vergonhosa invasão e depredação das sedes dos três poderes. Costa Pinto acaba resgatando no livro, a imagem do então Procurador Geral da República, Augusto Aras, que sabedor dos fatos, agiu com o ministro Dias Toffoli e o próprio Xandão, para jogar água no chopp de Jair Messias, cujo plano B, pelo que explicitou a Polícia Federal em seu relatório de quase 800 páginas, era matar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes .

O mercado e os baba ovo do “capital vadio”

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O mercado anda P da vida e sua fúria é potencializada pela mídia tradicional, que está de cara com o governo Lula pelo anúncio de isenção de Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil por mês. O mercado dá o troco, usando o dólar como bucha de canhão para pressionar o ministro da economia. A ira do mercado e dos que a ele prestam vassalagem é que isentar assalariados significará apertar o torniquete sobre os potentados, que têm urticária só de pensar em pagar mais impostos, como ocorre nos países desenvolvidos.

Ciro Gomes, que compete com o bolsonarismo na pauleira pra cima do governo, diz há muito tempo, o que não é mentira, que só o Brasil e a Estônia não taxam lucros e dividendos, portanto, dando mole para o rentismo. Mais do que isso: o Brasil é um dos poucos países que não cobra imposto sobre grandes heranças. Mas aqui o pobre paga (proporcionalmente, claro) mais imposto do que os bilionários que vivem do “capital vadio”, aquele que não produz nada além de lucros extraordinários para meia dúzia. O mais espantoso de tudo é saber que muita gente que não tem um pardal pra dar água defende essa distorção tributária. Que outra razão teria, senão a da pura ignorância?

O peixe morre pela boca

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“Cada fala de Bolsonaro é uma confissão”, diz o jurista Pedro Serrano

Agentes da vassalagem

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Perceberam só o silêncio de alguns governadores em relação ao relatório da PF sobre o golpe? Nenhum comentário, nenhuma referência ao descalabro, inclusive ao escabroso esquema para matar  Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Se quem cala consente, está claro que os três governadores, que lutarão pelo espólio do bolsonarismo em 2026 , concordam com aquela ignomínia. Meu amigo Cláudio Osti, do blog Paçoca com Cebola, deu a este silêncio comprometedor o nome vassalagem.

Se aposentar com 8 meses de trabalho? Nem pensar

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Agora é definitivo: a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu ontem que a ex-governadora do Paraná, Cida Borgheti,  não terá a pleiteada aposentadoria, pelo exercício do governo paranaense durante 8 meses. Os embargos de declaração caíram por terra e por unanimidade os ministros decidiram pelo arquivamento do processo. A primeira turma do STF é constituída pelos ministros Alexandre de Moraes, Xármem Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. Cida era vice de Beto Richa e o substituiu de abril a dezembro de 2018.