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Messias

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6×1 x 4×3 reacende um debate necessário

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A contenda capital x trabalho que Michel Temer tentou sufocar com uma reforma trabalhista mandrake está de volta. A discussão sobre a escala 6×1 (seis dias de trabalho por um de descanso) coloca em xeque o modelo trabalhista calcado no neoliberalismo. Temer, o vampiro brasileiro, atuou como verdadeiro longa manus no projeto de destruição da representação classista. Conseguiu em parte, porque a insegurança jurídica dos trabalhadores predomina nas relações empregado-patrão. E os sindicatos obreiros perderam musculatura e ficaram impotentes até para atuar nos processos rescisórios. Hoje, o empregado demitido fica à mercê do RH da empresa, inseguro quanto ao recebimento do seus direitos trabalhistas quando a demissão chega.

Só lembrando que a reforma trabalhista mandou pra longe a discussão naquele momento existente sobre a redução da jornada de trabalho das atuais 44 para 40 horas semanais. Claro que a escala 4×3 proposta pela deputada Erika Hilton é inviável, porém o projeto está servindo pelo menos para colocar o debate das relações de trabalho de novo no centro da roda.

Adeus anistia

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Todos os caminhos da investigação sobre o 8 de janeiro leva a Bolsonaro. Há provas fartas e consistentes da tentativa de golpe, da violação criminosa da Constituição Cidadã. A depredação das sedes dos três poderes foi uma coisa chocante. As imagens do vandalismo político-ideológico  correu mundo e não teve um só democrata em todo o Planeta que não tenha se indignado com aquela barbárie. Passados quase dois anos, vários envolvidos foram condenados e presos, mas o cabeça principal do golpismo não foi ainda sequer transformado em réu pela Suprema Corte. Agora é que a Procuradoria Geral da República vai formalizar as primeiras denúncias, o que pode finalmente abrir o caminho para a punição compatível com a gravidade do crime.

Bolsonaro vinha lutando com todas as suas forças para pressionar o STF a suspender a inelegibilidade, ao mesmo tempo em que seus aliados no Câmara dos Deputados tentavam enfiar goela abaixo do parlamento um projeto de anistia. Mas o atentado a bomba contra o prédio da Suprema Corte em que morreu o detonador, colocou água no chope do bolsonarismo.

Enfim, um bom exemplo

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As polícias Civil e Militar dos estados só vão melhorar e cumprir o seu verdadeiro papel, sem estarem contaminadas pelo ambiente tóxico  e perigoso da criminalidade, se levarem a sério a necessidade da autofagia. Claro, autofagia no sentido figurado, como fizeram  a PF e a PRF, na gestão Flávio Dino à frente do Ministério da  Justiça. Tanto a Polícia Federal quanto a Polícia Rodoviária Federal, cortaram na própria carne, expurgaram as laranjas podres e num processo sério e profundo de autodepuração, tornaram-se instituições respeitáveis  e de vital importância no combate ao crime organizado. A análise não é minha, parto de uma entrevista excelente da desembargadora  Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo, ao comentar o suposto envolvimento de policiais civis e militares do estado na execução sumária ocorrida em Cumbica, de um empresário envolvido com o PCC.

    

Advogado ripa Moro

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O advogado Roberto Bertholdo, que foi perseguido pelo juiz Sérgio Moro antes da Lava Jato, mostra-se indignado com a posição de agora senador em relação do homem que morreu na explosão da bomba que usou para atacar o STF esta semana. Moro fez um discurso de não violência, mas Bertholo o classifica como demagogo, uma vez que jamais condenou a tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023.  Bertholdo tem aumentado suas críticas a Moro, cuja faceta ele faz questão de ressaltar: “Vocês ainda vão saber quem ele é”.  Diz que  o senador, a quem chama de ‘moleque’, condena as bombas de quarta-feira, mas antes minimizou os atos golpistas de 8 de janeiro ao criticar as penas aplicadas aos manifestantes.

Golpe na privatização indevida

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O conselheiro do Tribunal de Contas do Paranpa, Fábio Camargo, deu guarida ao pedido de medida cautelar contra o programa Parceiro da Escola, do governador Ratinho. Apesar do nome simpático, o objetivo não é outro senão o de privatizar a educação pública no Estado. O questionamento partiu  do deputado estadual  professor Lemos , do PT. Lemos já foi presidente da APP e sabe o risco para o futuro do ensino público que isso representa. Nada contra as escolas privadas, mas tudo contra terceirizar  a responsabilidade do Estado de setores vitais como educação e saúde.

Autofagia bem vinda

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A polícias Civil e Militar dos Estados só vão melhorar e cumprir o seu verdadeiro papel, sem estarem contaminadas pelo crime organizado, se levarem a sério a necessidade de praticarem a autofagia. Foi o que fez a Polícia Federal, que se depurou, expurgando tudo o que nela havia de pobre. Hoje a PF é uma instituição séria, competente e que presta um grande serviço para o país. Foi o que disse a  Desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a propósito do suspeito envolvimento de policiais no assassinado ocorrido esta semana no Aeroporto de Cumbica.

Fonte: UOL

A farra das emendas

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Uma vez, entrevistando o então senador Mário Covas, durante encontro do PSDB em Apucarana, perguntei  o que ele achava das emendas parlamentares. Resposta curta e Grossa: “Por achá-las imorais, nunca apresentei uma só emenda parlamentar, nem como deputado federal e nem como senador”. Lembrei dessa entrevista porque fiquei estarrecido ao ler sobre a farra das emendas parlamentares divulgadas esta semana por vários veículos de comunicação. Farra é pouco para definir os R$ 167 bilhões do orçamento público repassados por parlamentares a suas bases eleitorais, de 2020 para 2024. Quem capitaneou essa derrama atende pelo nome de Arthur Lira.

Dino, cirúrgico

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O ministro Flávio Dino, do STF, esteve hoje em Foz do Iguaçu para proferir uma palestra num encontro nacional de Tribunais de Conta. Foi  aplaudido de pé quando, ao comentar o atentado à bomba na Praça dos Três Poderes, que acabou matando o detonador dos explosivos, foi cirúrgico: “Pensar diferente é uma coisa, exterminar o diferente é outra”.  E arrematou: “O ataque não foi à Estátua da Justiça, não foi ao edifício do Supremo; o ataque foi contra a legalidade, contra a Constituição e contra os controles democráticos”.

Papel difícil o de assessor

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As faculdades de jornalismo deveriam criar uma cadeira para treinar futuros profissionais para os momentos mais difíceis se o aluno for para a área de assessoria de imprensa. É aquele onde ele tem de explicar o inexplicável.

. Do filósofo do Centro Cívico no blog do Zé Beto

PS: A assessoria de imprensa não é uma função menos nobre no jornalismo. Nunca foi. Porém, o filósofo está certo, em parte. Digo em parte porque a dificuldade só existe quando o assessorado não é necessariamente um político ético. Se for político de resultado aí o negócio fica mais difícil.

Os sem gabinete

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A Câmara de Maringá tem atualmente 15 vereadores e, claro,15 gabinetes. Terá 23 vereadores a partir de janeiro mas as obras de ampliação da sede do poder legislativo maringaense ainda não saíram do chão. Alguns dos novatos estão receosos. Acham que as obras não será concluídas até a posse. E se perguntam: “Seremos temporariamente vereadores sem gabinete”?. Fala-se até na criação de um movimento, o MVSG.