Quando um candidato está em ascensão e abre diferença de pelo menos 9 pontos sobre o adversário, significa que não tem mais volta. Dá-se a esse fenômeno o nome de “ Boca de Jacaré”. É o que ocorre nesse momento na eleição para prefeito de Curitiba, onde o direitista Eduardo Pimentel chegou a 49% contra 40% da ultradireitista Cristina Graeml. Hoje deve ter debate na Globo e amanhã sai nova rodada de pesquisa, que pode confirmar, ou não, se o jacaré realmente escancarou seu bocão pra cima da outsider.
Messias
Ratinho Jr, o exterminador do futuro
Veja bem:
Os diretores de 204 escolas passarão a ser os “parceiros da escola” com formação acadêmica ou não;
São eles que contratarão os professores;
Ficam decretados o fim da estabilidade e os concursos públicos;
Deixará de existir o plano de carreira do magistério.
E em silêncio, os professores paranaenses no máximo aguardam o tiro de misericórdia do “exterminador Ratinho”.
. Tadeu França (professor aposentado e deputado constituinte pelo Paraná)
Curitiba, num mato sem cachorro
A jornalista e candidata a prefeita de Curitiba, Cristina Graeml deve estar fazendo nesse momento na Capital uma grande caminhada para reforçar sua candidatura na reta final. O problema não é a caminhada em si, mas a presença, como um dos coordenadores, de um cidadão chamado José Carlos Bernardi, que há pouco tempo defendeu a morte em massa de judeus , como forma de salvar o Brasil economicamente. Cristina está à direita da direita e este fato agora explica por si só quão perigosa seria a vitória dessa senhora na capital paranaense. Bem, o outro candidato, Eduardo Pimentel, neto de Paulo, também é um jovem direitista convicto. Mas não se compara ao “Pablo Marçal de saia”.
A cara do nazifascismo
O direitista e bolsonarista Romeu Zema, governador de Minas Gerais, disse numa reunião com donos de supermercados que, quem recebe o Bolsa Família é vagabundo. Pra fazer média com os empresários, Zema lascou essa: “A dificuldade que vocês estão tendo de contratar empregados é porque o trabalhador que recebe o Bolsa Família fica escolhendo, não quer trabalhar aos domingos e impõe condições para aceitar uma vaga de emprego”. Zema continuou com seu rosário de asneiras: “É complicado no Brasil. Em Minas Gerais, temos mais de um milhão de pessoas recebendo o Bolsa Família que alegam não encontrar oportunidades de trabalho. Já estive na posição de vocês. Muitas vezes, na entrevista, o candidato pergunta: ‘Preciso trabalhar no sábado ou domingo?’ Se você responde que sim, ele já desiste, porque quer a vaga, mas com várias condições que muitas empresas não conseguem atender.” E pensar que este lacaio quer ser candidato a presidente da república em 2026.
É mentira sim, Terta!!!
Circula nas redes sociais um vídeo do ministro da Fazenda Fernando Haddad, orientando as pessoas a entrarem em determinado site para conseguir sacar dinheiro esquecido em contas correntes. Aí a pessoa vai e clica no link recomendado e pode cair em um golpe. O vídeo mostra Haddad falando, mas é uma montagem feita com o recurso técnico conhecido como deepfake. Trata-se , portanto, de um vídeo criminoso.
Bactéria no sanduba
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) divulgou ontem uma informação que deixou os americanos com a pulga atrás da orelha. Nos EUA o povo consome desbragadamente hamburger do McDonalds. Pelo menos consumia até surgir a notícia de que uma pessoa morreu e há dezenas hospitalizadas em 10 estados, com a bactéria E.coli, contida no sanduba batizado pelo nome de Quarterão. A Escherichia coli é uma bactéria comum que vive no intestino de seres humanos e animais. Porém, algumas variantes das cepas são patogênicas e podem causar infecções graves como foi o caso. Já que seguro morreu de velho, autoridades sanitárias de vários países do mundo, inclusive do Brasil, estão atentas ao problema e a rede Mcdonalds, galopando atrás do prejuízo.
Fonte: Portal 247
O bugalho vira alho na potencialização da mentira
A tática de insistir em uma mentira para que ela vire verdade, hoje tão potencializada pela direita, não é nova. Vem lá do nazismo, do ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, como todos sabem, de tanto que isso foi repetido. O que mais me impressiona é perceber como a direita brasileira copia e cola, sem tirar ou acrescentar uma vírgula, o estilo Donald Trump de mentir. Há no portal UOL de hoje um artigo interessante do correspondente internacional Jamil Chade, que por curiosidade jornalística mergulhou na campanha do republicano, principalmente a partir do absurdo que ele disse no debate com Kamala Harris , de que imigrantes estariam comendo animais de estimação de americanos.
Essa foi apenas uma entre as dezenas , centenas de mentiras que Trump vem lançando nesta campanha, algo muito parecido com o que começou a acontecer na política brasileira em 2018, quando inventaram o kit gay e uma tal mamadeira de piroca, atribuídos à campanha do Haddad, então adversário de Jair Bolsonaro. As mentiras são as fontes que alimentam a realidade paralela, tão danosa ao processo político e à democracia brasileira.
Foi a partir delas que o Brasil começou a desacreditar da vacina durante a pandemia de Covid e a colocar dúvida na cabeça do eleitor sobre a inviolabilidade das urnas eletrônicas, como forma de desacreditar em qualquer resultado que não fosse a vitória de Bolsonaro em 2022. O artigo de Chade é um sinal de alerta para o povo brasileiro, que bombardeado por informações mentirosas nas redes sociais, continua com dificuldade de distinguir alhos de bugalho na hora de votar.
A Sociologia explica
”Quando ajudo as pessoas carentes, as socorro, dando comida e abrigo, sou chamado de santo, mas quando pergunto porque elas são pobres, ai me chamam de comunista”.
Essa reflexão de Dom Helder Câmara vai na direção da análise do sociólogo Jessé de Souza sobre o sequestro do discurso socializante da esquerda pela elite e a direita brasileira, que contam com o auxilio luxuoso de pastores evangélicos. Em alguns púlpitos, fazem o pobre acreditar que ele é lascado porque foi possuído pelo demônio e porque é vitima do comunismo e da falta de fé, que lhe matam os sonhos da prosperidade.
Emendas parlamentares, um escárnio
O Brasil não se atentou ainda para a gravidade do mercado de emendas parlamentares que o ministro do STF Flávio Dino está tentando disciplinar , mas levando muita paulada por exigir transparência no processo de destinação e uso das verbas, distribuídas a parlamentares e por parlamentares pulverizadas em suas bases eleitorais. Não há nada mais abjeto na política brasileira do que isso. Pelo menos 20% do Orçamento da União é sequestrado pelo Congresso , cujo papel constitucional é o de fazer leis e fiscalizar o Executivo, porém jamais se imiscuir na gestão pública.
Antes tínhamos as emendas parlamentares tradicionais e as emendas de bancadas, imorais todavia, porém aceitável sem que a gente precise tomar engove. A partir da presidência da Câmara exercida por Eduardo Cunha, os deputados colocaram uma camisa de força na presidente Dilma, que foi apeada do poder por tentar resistir à pouca vergonha. Hoje surgiram outros tipos de emenda, as tais emendas do relator, que são impositivas, e as emendas pix, que o deputado repassa aos prefeitos de suas bases, sem exigir aplicação em obras necessárias e muito menos prestação de contas.
O problema maior está mais na Câmara dos Deputados, que se antes tinha um Eduardo Cunha da presidência, agora tem um Arthur Lira, o qual tenta dia sim e dia também, colocar o presidente da república de joelhos. Que país aguenta uma classe política como essa? Mas, fazer o que. Melhor é levar a reflexão de Sir Winston Leonard Spencer Churchill ao pé da letra: “A democracia é o pior regime que existe, com exceção de todos os outros”.
