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Messias

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Conselho de pai

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“Meu pai dizia que a máquina do estado é pra moer pros graúdos e a gente tinha o dever de mudar essa lógica, fazer com que nosso trabalho é botar essa máquina pra moer todo dia para o pequenininho, pra quem realmente precisa”.

. João Campos, prefeito do Recife, reeleito com 78%

A nova cara da esquerda

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O grande jornalista Ricardo Kotscho tem a percepção de que o casal de namorados João Campos e Tabata Amaral representam a nova cara da esquerda brasileira. Ela fez bonito papel no primeiro turno das eleições de São Paulo e Campos, bisneto do lendário Miguel Arraes, se reelegeu prefeito de Recife com uma votação consagradora.

O PT, na sua hora da verdade

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O PT procura um discurso para reconquistar o seu eleitorado tradicional, os trabalhadores. Pode ser que encontre em algumas capitais onde disputa o segundo turno e em Camaçari (Bahia), onde  o presidente Lula e o governador Jerônimo são aguardados por Caetano para encarar Flávio Matos (União Brasil) e seu grande cabo eleitoral, ACM Neto.

Escrevendo aqui da Zona 7, na 3a. maior cidade paranaense, onde o clã Barros deitou e rolou com o discurso “encantador de serpente”  de Silvio, do PP, ora direi: o PT foi um rio que passou pela vida de Maringá, mas cujo coração não se deixou levar.

Então, que assim seja

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A  candidata Cristina Graeml (PMB), que surpreendeu todos os analistas ao ir para o segundo turno em Curitiba está sendo acusada de montar seu programa de governo através da inteligência artificial. Os indícios são de que 88% do plano não foi escrito por uma pessoa. Só lembrando que Cristina, que foi colunista política da Gazeta do Povo e mais lá atrás, repórter da RPC,  estava na Jovem Pan, onde chegou a atribuir as mortes de dois adolescentes que estavam imunizados à vacina contra a Covid.

O que resta então ao eleitor da capital paranaense? Eduardo Pimentel, neto do ex-governador Paulo Pimentel é um jovem, igualmente direitista, mas certamente menos extremista que sua oponente. Até porque se fosse mais, ou mesmo tal e qual, seria o fim da linha para o conservadorismo curitibano. Mas tudo bem, o eleitorado decidiu assim. E, considerando que cada povo tem o governo que merece, que assim seja

Foi há 41 anos

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José Richa tomava posse como novo governador do Paraná, o primeiro eleito pelo voto direto após a ditadura militar. Na época eu era delegado em Maringá do Sindicato dos Jornalistas do Paraná e fui entrevistado pela Folha de Londrina sobre o novo tempo que começava ali. Eu nem lembrava mais dessa entrevista e esta semana o colega jornalista e poeta Nilson Monteiro, me mandou o print. Ele encontrou a matéria durante pesquisas de jornais antigos que fazia em uma biblioteca de Curitiba. Como recordar é viver, adorei a surpresa.

Pra não dizer que não falei das flores…

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A esquerda  viveu recentemente alguns espasmos de sucesso eleitoral em Maringá, uma cidade politicamente conservadora, mas não tão à direita como agora se apresenta. Esta eleição municipal emite um sinal de alerta para o campo progressista, cujas forças submergiram à avalanche bolsonarista e, com a viola no saco, tiveram  desempenho ridículo nas eleições majoritárias e proporcionais.

 Existe hoje aqui um claro aprofundamento do preconceito ideológico que afetou  principalmente o Sul do Brasil a partir de 2018 , com a criminalização da esquerda em geral e a satanização do PT em especial.  Fico  pensando o que foi feito do mito de cidade universitária, onde o debate político, democrático e minimamente intelectualizado, forjou em passado não muito distante, lideranças como Horácio Racanello, Renato Bernardi e mais lá mais atrás ,  José Bonifácio e Leonardo Grabois, por exemplo.

A politica maringaense hoje é um pântano, recheado de dirigentes partidários apenas espertos e outros tantos de pouca ou quase nenhuma expressão. O momento , pois, é de reflexão e autocritica . Que o recado das urnas sirva, especialmente ao PT,  para que suas lideranças (irmãos Verri à frente)  calcem as sandálias da humildade, reconheçam a queda, não desanimem, levantem, sacudam a poeira e deem  a volta por cima.

A Faria Lima toca bumbo pra Tarcísio dançar

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Nada a ver aqui com o tradicional conceito de classe, mas com o domínio do poder econômico através do poder político. E vamos combinar que a elite brasileira  está de olho nas eleições de 2026, porque pra ela o importante é ter um governo nada  comprometido com agendas sociais. Com Bolsonaro inelegível, os olhos da Faria Lima mira Tarcísio de Freitas que, tal qual seu padrinho político, tem zero de empatia e um sorriso  que não vai além do “sorriso colgate”.

 A plataforma de lançamento da candidatura Freitas, o carioca que virou paulista para se tornar governador de São Paulo, é a eleição municipal da Paulicéia. Tarcísio sairá fortalecido  com a eventual e quase certa vitória de Nunes para a prefeitura da maior cidade da América Latina. E a população pobre do nosso país, anestesiada pelo discurso da direita, que recebe o auxilio luxuoso de mercadores da fé, pode embarcar em mais uma aventura, como a de 2018. Cabe agora ao campo progressista tomar tenência e trabalhar para evitar mais um desastre social. É simples assim.

O Mário trovejou, trovejou, mas não choveu

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A vereadora Cris Lauer tinha em mente que caso se reelegesse a cassação do seu atual mandato com suspensão dos direitos políticos não se daria. Mas suas expectativas foram além, a um ponto que nem os mais otimistas dos seus aliados imaginavam. Por conta do excesso de exposição que teve, graças ao passionalismo do presidente da Câmara Mário Hossokawa, que enfrentou a “fera” no campo dela, Cris foi a vereadora mais votada nesse pleito. Cassá-la com esse escore seria um tiro no pé. Mário preferiu não arriscar. Então, “amarelou” e arquivou o processo. A combativa , porém histriônica vereadora, está agora com tudo e muita prosa. Vai deixar muita gente de cabeça quente na próxima legislatura. Quem viver, verá.

11 de outubro de 1890

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Há exatos 134 anos era abolida a pena de morte no Brasil. Isso aconteceu após a proclamação da República, 6 anos depois da última execução ocorrida na pacata cidade de Pilar na província de Alagoas. Só lembrando que dos 193 países das Nações Unidas 54 ainda adotam essa forma absurda de fazer justiça. E por incrível que pareça, nos Estados Unidos da América, considerada ainda a maior potência do mundo, em  29 dos 50 estados ainda existe a pena capital. Causa perplexidade a gente ver que no Brasil ainda tem muita gente que bateria palma se nosso país voltasse a 1890.

De sutileza não tem nada

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O sinal, cunhado no Brasil por Jair Bolsonaro e hoje seguido por milhões de brasileiros, inclusive evangélicos, é aparentemente simples. Mas simbolicamente significa indicativo de violência psicológica. Poder-se ia dizer que seria uma espécie de ameaça sutil. Mas tão popularizada foi pelo bolsonarismo que não há mais nesse tipo de ameaça à vida sutileza nenhuma.