Perguntaram ao presidente Jair Bolsonaro o que ele achava da posição da senadora e candidata Simone Tebet agora no segundo turno. A resposta foi uma pergunta: “E quem é Simone Tebet? Um pastor evangélico que não ora pela cartilha de Silas Malafaia lembrou o Livro dos Provérbios, 16:18 : ” A soberba precede a ruína“.
Ta caindo!! 🙏🏻
Agora é hora de arregaçar as mangas, sair do conforto e gastar energia no sprint final, Lula vai ganhar!
“É o jeitão” dele, dizem os aliados de Jair Bolsonaro para justificar, um após o outro, coices e absurdos ditos, de maneira quase gutural, pelo candidato a Fürher do Brasil.
Deixo-o de lado, neste texto, porém, e trato do que aconteceu com esta sociedade que caminha para a barbárie, orgulhosamente e usando Jesus Cristo às avessas, abolindo a fraternidade e até mesmo a empatia, seu degrau mais acessível.
Embora nos aproximemos de uma vitória eleitoral de Lula – e ela é essencial – é desolador saber que há uma parcela nada desprezível que blindou, em suas mentes, o homem abjeto e repugnante, que debocha dos mortos da pandemia, imita-lhes o sufocamento, que se vangloria de aceitar comer carne humana pela simples curiosidade (ou prazer) de ver um índio sendo cozinhado, ou que rebola festivamente ao som de uma paródia musical que diz que “dá comida na tijela” para mulheres feministas.
Mas, como na desculpa de que “é o jeitão dele”, embora seja cada vez menor o desconforto e mais aberta a estupidez, ainda há resquícios desta vergonha de aderir a quem é assim.
É apenas ver quantos se encobriram , nas pesquisas, declarando voto em Ciro, em Simone Tebet ou proclamando-se indecisos para, na solidão da urna, marcarem nela o nome de Bolsonaro. Foram de 4 a 5 milhões de votos obtidos assim, de última hora, basicamente do “medo de Lula”.
Deve-se a eles não ter sido liquidada a eleição em primeiro turno.
Mas não é a eles que se deve a assustadora votação bolsonarista. Ela seria grande, pelo processo de destruição a que, deliciosamente, a direita tradicional, mas não a imensidão de 43% dos eleitores.
Este volume aconteceu por contada máquina de pastores evangélicos que opera a maior manipulação de eleitores da história do Brasil.
Os números do Datafolha, que dão um apoio eleitoral de 61% dos eleitores evangélicos, contra 30% de Lula, num universo de 30 milhões de eleitores, representam 9 milhões de votos. Sem esta diferença, a vantagem de Lula teria sido na ordem de 15 milhões de votos, uma decisão incontestável da sociedade.
São estes dois grupos movidos mais pela desinformação e preconceito, mais que por uma ideologia fascista, que devem ser o alvo destes dias finais de campanha.
O Brasil precisa deles para não correr o risco de cair num regime ditatorial que já nem se constrange mais que vai manipular tudo, a começar pelo Supremo Tribunal Federal e ao poderio extremista que conseguiu no Congresso para acabar de vez com a democracia brasileira.
Uma das coisas que mais me revoltam no uso e abuso da fé em busca de proveito pessoal, seja de cunho político (poder) ou mero enriquecimento (financeiro), é o uso indiscriminado, cínico e falso do nome de Deus. Há picaretas travestidos de pastores que se aproveitam das crenças e, principalmente, da fragilidade em momentos de desespero para lucrar.
Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, embora não seda um líder religioso, mas uma espécie de pastor messiânico político (um boiadeiro levando sua boiada), é um destes picaretas da fé, vagabundo que não tira o nome de Deus da boca profana, e seduz, como se fosse o próprio diabo, com suas mentiras, mistificações e promessas jamais cumpridas as almas de boa fé, e as corrompe sem dó nem piedade.
QUE CRISTÃO É ESSE?
Como é possível ser cristão e um devoto de Deus aquele que prega violência física e extermínio de povos inteiros (indígenas)? Que não respeita as mulheres como seres humanos e filhas do Senhor? Que incentiva o uso de armas para tirar a vida do próximo? Que equipara os negros a animais de corte e que suplica a morte do próprio filho para não ‘vê-lo gay’? Ou que condecora assassino e idolatra torturador?
O falso Messias levanta os dedos para o alto, olha para o céu e tem a cretinice de invocar o Senhor, ‘Deus acima de todos’, para em seguida ofender, caluniar, mentir e enganar. Ora, se há um Deus que não é o mesmo do patriarca do clã das rachadinhas é o Deus da cultura judaico-cristã (o único), tenho a mais profunda e absoluta certeza. Ele jamais admitiria a um filho enriquecer – e sua família – às custas da fome, doença e desgraça alheias.
Sou a Bruna Ferreira, gostei muito do seu artigo tem muito
conteúdo de valor, parabéns nota 10.