Lula falou no Egito que sua prioridade é combater a fome e que isso certamente derrubaria a bolsa e elevaria ainda mais o dólar. “Paciência”, completou. Pronto, foi a gota d´água para que a maionese desandasse e o mundo caísse sobre a cabeça de um governo que nem começou.
Talvez o mercado dê uma aliviada nesta sexta-feira após a entrevista do vice e chefe da transição Geraldo Alckmin, que lembrou à Miriam Leitão: “Lula pegou o Brasil com 60% do PIB comprometido e derrubou esse nível de endividamento para 40%. Isso prova que o presidente eleito tem experiência e compromisso com a responsabilidade fiscal”.
Agora de manhã o mercado entrou no modo espera. Espera que o Congresso altere a PEC da transição, mantendo o bolsa família no teto de gastos , ou no máximo, tirando só no primeiro ano de mandato. Ou seja, se o dinheiro do bolsa família ficar engessado, mas dentro do teto de gastos, tudo bem. Senão, o mercado reage de novo e coloca o presidente eleito nas cordas. Enfim, já dá pra prever que Lula não terá vida fácil. Resumo da ópera: no governo Lula, o vice Geraldo Alckmin deve funcionar mais ou menos como o pistom daquela orquestra do Samba de Gafieira:”…e de repente como parte da rotina, o pistom tira a surdina e põe as coisas no lugar”.
Estou gostando do Alckmin nesta transição, o Lula acertou em cheio o seu vice, assim como foi com o Zé Alencar.