O STF julga e pode declarar inconstitucional o tal orçamento secreto, que coloca $bilhões nas mãos de parlamentares para eles azeitarem suas bases eleitorais, sem que precisem prestar conta. As verbas são distribuídas a deputados amigos do presidente da Câmara Artur Lira e são oriundas do tal orçamento secreto, beneficiadas (ou lavadas?) pela assim denominada “emenda do relator”.
Se é dinheiro público e tem que ser repassado secretamente, como acreditar que é coisa séria? É grande a possibilidade do Supremo acabar com essa farra. Mas Lira e o seu centrão já encontraram uma saída: em nome da governabilidade estão botando a faca no pescoço do presidente Lula, para que as emendas do relator sejam liberadas dentro da PEC da transição. Ou Lula aceita esse jogo sujo ou poderá ter sérias dificuldades para obter autorização para viabilizar o Bolsa Família de R$ 600,00 + R$ 150,00 por filho de até 6 anos de idade em condições de vulnerabilidade social.
O deputado maringaense e líder do governo Bolsonaro e um dos caciques do centrão, Ricardo Barros, já deu a letra, segundo matéria do Estadão: “Nós vamos usar a PEC da Transição para incluir essas emendas na Constituição”. Barros diz isso e ironiza a mais alta corte de justiça do país: “ Eles (ministros do Supremo) sabem que isso vai ser feito e ficam querendo fazer graça. Tanto faz o que o STF decidir.”