Tem muita gente ripando a madeira na proposta de moeda comum entre Brasil e Argentina. Falta o ministro Fernando Haddad esclarecer, didaticamente, que a moeda seria restrita às transações comerciais entre os dois países. Nada a ver com o real e com o peso.
Será ótimo para os países pois não dependerá mais do dólar para fazerem negócios.
Só protozoários não entendem que seria uma moeda para transações entre países.
Isso mesmo, quando for criada, a nova moeda não vai substituir nem o real nem o peso, e só servirá para garantir transações de importação e exportação entre os dois países.
Não se trata, portanto, de acabar com o real ou com o peso, mas de criar uma moeda apenas para operações de importação e exportação.
A Argentina é o terceiro país para o qual o Brasil mais exporta seus produtos, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Trata-se, portanto, de um parceiro importantíssimo para a economia brasileira.
Porém, nos últimos anos, quando ficamos sob um governo que não cuidou como devia da relação com a Argentina, a China começou a ocupar um espaço importante, que o Brasil não pode perder.
Tanto o real quanto o peso continuarão existindo e sendo as moedas oficiais dos dois países. Essa nova moeda só vai ser utilizada nas exportações e importações.
Hoje, o comércio entre os dois países se dá por meio do dólar. Isso pode gerar problemas, porque nem sempre há dólares suficientes no mercado, o que pode, em alguns casos, inviabilizar alguns negócios entre os dois países.
Além disso, o peso argentino hoje não é bem aceito no mercado internacional atualmente, porque o país vizinho sofre com um processo inflacionário grave. Não é vantajoso, portanto, para um empresário brasileiro que exporta para a Argentina receber em pesos, porque aquele valor pode se desvalorizar rapidamente.
Uma nova moeda, com valor mais estável, é uma boa solução, pois evita tanto o problema de uma eventual escassez de dólares quanto o problema da desvalorização do peso argentino.