O Brasil e seu histórico de golpes e tentativas

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“O senhor Getúlio Vargas não deve ser candidato [a presidente], se for candidato não deve ser eleito, se for eleito, não deve tomar posse, se tomar posse não pode governar” – disse o jornalista Carlos Lacerda no seu jornal Tribuna da Imprensa, em 1950. 

Quem nos refresca a memória sobre este fato histórico é o jornalista Ricardo Noblat, um veterano da cobertura política em Brasília. Ele esclarece ainda: “Vargas governou o país como ditador entre 1930 e 1945, quando foi derrubado pelos militares que o apoiavam. Em 1950, elegeu-se presidente pelo voto popular. Tomou posse. E governou até 1954. Suicidou-se para não ser derrubado outra vez”.

Bem, quanto a Lacerda, o ex-governador da Guanabara foi um dos mais ferrenhos adversários de Vargas. Líder da direita tupiniquim à época, a diferença fundamental entre ele e Jair Bolsonaro é que Carlos Lacerda foi um intelectual, um orador fora de série e, sobretudo, corajoso. Ele apoiou o golpe militar de 1964, sonhando em chegar a presidência da república no ano seguinte, porque o então presidente Castelo Branco prometera devolver o comando do país aos civis, por meio de eleições diretas um ano depois. Mas a ditadura militar durou 21 anos.

Só lembrando também, a propósito desse resgate histórico, que Juscelino Kubistchek, que encantara o país com a construção de Brasília, também seria candidato e estaria em campanha quando morreu num acidente mal explicado na Via Dutra. Lembrando também que a morte de Jango, no Uruguai, continua um mistério. Teria sido morte natural mas até hoje o filho dele, João Vicente, sustenta que o pai foi envenenado.

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