Da leitora Ana Lúcia: “ Deltan junto com Moro destruíram um setor inteiro da economia brasileira, um dos poucos que detinha tecnologia avançada, da construção civil, fez o Brasil regredir. Nos USA na crise imobiliária iniciada em 2007 todos os grandes bancos estavam envolvidos em irregularidades, para não por a pique o setor, o governo fez intervenção e afastou a direção dos grandes bancos, preservou, recuperou e devolveu intato. Moro e Dallagnol, incompetentes, destruíram”.
Nunca se ouviu uma palavra sobre Moro ter sido ministro do candidato favorecido por sua perseguição a Lula. E ambos, Dallagnol e Moro audaciosamente se candidataram e se elegeram por um caminho conservador e autoritário.
Foram usados justamente para esse propósito. Que são incompetentes não há dúvidas, mas são mais do que isso, são vendidos, canalhas. Ou alguém aí acha que dois medíocres concurseiros de classe média, semialfabetizados, iriam fazer esse estrago sozinhos ?
Perfeita a sua colocação sobre os dois idiotas Moro e Deltan, entretanto não podemos personificar nesse sujeito autoritário, cheio de inveja e ódio (de Lula principalmente), recalcado, pendurado em dossiês diversos, desde que acobertou crimes das cúpulas militares, judiciárias e das oligarquias (nacionais e transnacionais) naquele que foi e continua a ser, de longe, o maior escândalo de corrupção ocorrido no Brasil: o caso BANESTADO. Esse marreco foi o juiz que acobertou tucanos e criminosos de alto calibre – herdeiros e sucessores da casa grande. A propósito: o Duplo Expresso deixou à disposição dos interessados o relatório elaborado pelo então procurador do MPF, Celso Três, e entregue ao Congresso Nacional. Nomes como os do clã Marinho e do seu “advogado de estimação”, Luís Roberto Barroso, estão na lista dos que usaram as contas CC5 do BANESTADO para remeter dinheiro ao exterior sem recolher impostos. Por que um então procurador do estado do Rio de Janeiro, LRB, usou desse esquema? Qual a origem dos US$ 2,6 milhões que ele remeteu ao exterior por meio da CC5? Por que ele não esclarece essa dúvida que eu e muitos brasileiros temos?
Enfim: incluam sempre as cúpulas militares, operadoras do golpe de 2016 juntamente com a juristocracia, o parlamento corrompido e chantageado e o PIG, sempre sabujo das oligarquias transnacionais, Deep State e banca financeira como artífices, operadores e/ou cabeças do golpe ainda em curso, que transformou o Brasil em colônia agrícola e de exploração mineral, fazendo o País regredir mais de um século em apenas 5 anos.
O que começou como a “maior operação contra a corrupção do mundo” e degenerou no “maior escândalo judicial do planeta” na verdade não passou de uma estratégia bem-sucedida dos Estados Unidos para minar a autonomia geopolítica brasileira e acabar com a ameaça representada pelo crescimento de empresas que colocariam em risco seus próprios interesses.
Sergio Moro foi convidado a participar de um encontro, financiado pelo departamento de estado dos EUA, seu órgão de relações exteriores. O convite foi aceito. Na ocasião, fez contato com diversos representantes do FBI, do Departament of Justice (DOJ) e do próprio Departamento de Estado dos EUA (equivalente ao Itamaraty).
Depois de condenar Lula e tirá-lo de jogo nas eleições de 2018, Sergio Moro colheu os louros de seu trabalho ao aceitar ser ministro da Justiça do novo presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso, os norte-americanos puderam se gabar de pôr fim aos esquemas de corrupção da Petrobras e da Odebrecht, junto com a capacidade de influência e projeção político-econômica brasileiras na América Latina e na África. Os procuradores da “lava jato” ficaram com o prêmio de administrar parte da multa imposta pelos EUA à Petrobras e à Odebrecht, na forma de fundações de Direito privado dirigida por eles próprios em parceria com a Transparência Internacional.
Conversão lucrativa
A recompensa que Sergio Moro escolheu para si também foi o início do fim de seu processo de canonização. Depois da eleição de Bolsonaro, veio à tona o escândalo da criação do fundo da Petrobras. O ministro Alexandre de Moraes frustrou os planos dos procuradores ao determinar a dissolução do fundo e direcionar o dinheiro para outras finalidades.
Em maio de 2019, o The Intercept Brasil começou a divulgar conversas de Telegram entre procuradores e Moro, hackeadas por Walter Delgatti e apreendidas pela Polícia Federal sob o comando do próprio Moro, enquanto ministro da Justiça. Elas mostram, entre outros escândalos, como Moro orientou os procuradores, e como estes últimos informaram os EUA e a Suíça sobre as investigações e combinaram a divisão do dinheiro.
Depois de pedir demissão do Ministério, Moro seguiu o mesmo caminho lucrativo de outros ex-agentes do DOJ e passou a trabalhar para o setor privado, valendo-se de seu conhecimento privilegiado sobre o sistema judiciário brasileiro em casos célebres para emitir consultorias, um posto normalmente bastante lucrativo. A Alvarez e Marsal, que o contratou, é administradora da recuperação judicial da Odebrecht.
Dois canalhas, vigaristas.