Um colar e o castigo vindo a cavalo

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O argumento para justificar o presente do príncipe saudita ao então primeiro casal brasileiro é pueril, começando pelo fato de que o presidente não estava lá, o ministro das Minas e Energia foi quem trouxe as joias. Ressalte-se que a tradição de troca de presentes entre os chefes de estado que se visitam é comum no mundo diplomático. Porém, e sempre tem um porém, manda a mesma tradição que sejam presentes de valor simbólico, suvenires, apenas e tão somente. E só ficam com o chefe de estado os presente personalíssimos, como roupa, perfume e bebida.

Objeto de valor comercial, é bom que se diga, fica incorporado ao patrimônio do estado, após devidamente legalizado na alfândega. Portanto, o esforço do presidente Bolsonaro no final do seu governo para tentar liberar as joias de quase R$ 20 milhões, parece piada de extremo mau gosto. Ainda mais se considerarmos a circunstância da venda , pela metade do preço, da refinaria Landulpho Alves, para um fundo de pensão das arábias. O senador Flávio Bolsonaro e o advogado da família, Frederick Wassef, aquele que escondeu o Queiroz, estão em campo com a operação “passa-pano”. Mas pelo jeito, não tem mais jeito. O crime de peculato, advocacia administrativa e facilitação de contrabando, já parece caracterizado.

1 COMENTÁRIO

  1. Vendeu uma refinaria a um fundo árabe por 11 bilhões a menos que valia, aí recebeu dois “presentes”, um de 500 mil e outro de 16 milhões . Muita coincidência.

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