Na entrevista que concedeu à TV 247, Lula disse exatamente isso: “Uma coisa que eu tenho muito orgulho é que o procurador entrava para ver se estava tudo bem, eu falava: ‘Não está tudo bem. Vai ficar quando eu f**** esse [ex-juiz e hoje senador Sergio] Moro. Estou aqui [na cadeia] para me vingar dessa gente, e se preparem que eu vou provar’.”.
Essa fala foi o suficiente para o bolsonarismo, liderado pelo próprio ex-juiz ameaçado pelo PCC e seu parceiro de lava jato, Deltan Dallganol, relacionar as palavras do presidente ao plano macabro do Primeiro Comando da Capital. O ministro da Justiça Flávio Dino acompanhava o monitoramento da PF há mais de 40 dias e junto com o presidente do Senado , Rodrigo Pacheco, providenciou um forte esquema de segurança para proteger o senador paranaense e sua família. Não por acaso, portanto, Dino se enfureceu com a politização do evento de extrema gravidade, chamando de mau caráter todo aquele que tentou no dia de ontem, atribuir as ameaças à vida de Moro ao presidente Lula.