O que está no centro da discussão é o ódio. E o ódio está sendo disseminado nos quatro cantos do país, sobretudo no Sul, onde existem comprovadamente centenas de células neonazistas. A ex-senadora catarinense Ideli Salvatti se diz assustada com a propagação de ideias nazistas no seu estado, onde a suástica já provoca uma poluição visual assustadora. De acordo com mapa elaborado pela antropóloga Adriana Dias, existem atualmente 530 núcleos extremistas atuando no Brasil, um universo que pode chegar a pelo menos 10 mil pessoas. O registro é de um crescimento de 270,6% de janeiro de 2019 a maio de 2021.
O caso da Creche Bom Pastor , que chocou o país, não guarda relação direta com a onda neonazista, mas não precisa ser cientista social para perceber que se insere no contexto da violência propagada a partir do “cercadinho” do Palácio da Alvorada entre 2019 e 2022.
Não dá para fechar os olhos e tampar os ouvidos para esta realidade trágica e preocupante. Os quatro anos de discurso de ódio que incendiaram a polarização político-ideológica no Brasil não poderia produzir outro resultado que não o de tragédias como a de Blumenau e da escola de São Paulo, onde uma professora foi assassinada dentro da sala de aula. Esses dois episódios apavorantes não podem ser dissociados de tentativas assustadoras ocorridas , por exemplo, no Paraná.
Em pouco mais de uma semana a imprensa estadual registrou a ameaça de banho de sangue feita por um aluno de uma escola de São João do Ivaí ; a tentativa de homicídio em Arapongas, onde um estudante chegou a sacar arma de fogo e apontar para uma colega de classe , além de uma ameaça de massacre em uma escola da Região Metropolitana de Londrina.
O fato concreto é que o movimento nazifascista está focado no ambiente escolar, onde por meio , principalmente das redes sociais, as células influenciam crianças e adolescentes para operacionalizar suas ações violentas. Isso parece visível, a partir dos exemplos trágicos que o país vivenciou nos últimos 15 dias.
O que fazer para conter esta onda de violência? A esperança é que o grupo de trabalho formado em Brasília por ministros do governo Lula, com a perspectiva de envolver todos os ente federados (União, estados e municípios) , bem como a própria sociedade, encontre saída para reconduzir o nosso país ao caminho da paz.
A população parece anestesiada. Parte está enfeitiçada pelo monstro e outra parte segue indiferente . Imagino que esse era o clima da Alemanha pré nazista. Quando acordaram não tinha pedra sobre pedra, o país foi devastado pelo ódio. Não podemos esquecer!
O terrorista que matou 4 crianças em creche de Santa Catarina tem várias fotos de Bolsonaro e Sergio Moro no seu Facebook, NÃO FALHA UM, mais uma tragédia que estes nazistas causaram ao Brasil, foram 4 anos plantando ódio na sociedade queriam o que? amor ao próximo? respeito e tolerância? me poupe, estamos em época de colheita.
O Brasil sempre foi terreno fértil do conservadorismo racista (heranças históricas das elites desde as monoculturas da cana de açúcar, algodão e café, hoje, agronegócio) e de umas forças armadas direitistas que sentem pavor de mudanças políticas. Por isso, ainda seremos durante muitas décadas, talvez séculos, alvo de seitas extremistas da direita. Bolsonaro é a prova disso.
O Brasil pós Bolsonaro deverá utilizar a Constituição Federal e combater com rigidez toda prática e disseminação de atos antidemocrático. Não podemos ser assombrados pelas minorias fascistas e neonazistas no país. Certamente Jair Messias Bolsonaro passará, assim como todos os radicais foram outrora. O Brasil será reerguido com educação, trabalho e saúde à todos os brasileiros e Bolsonaro será uma lembrança obscura, suja e inútil a qualquer democracia.
O nazismo prega a destruição de todos os povos e indivíduos que possam contaminar a presumida pureza da raça ariana. Essa ideologia foi posta em prática por Adolf Hitler nas décadas de 1930 e 1940, como política de Estado, na Alemanha e nos países invadidos pelo ditador.
De 1941 a 1945, seis milhões de judeus foram executados nos campos de extermínio nazistas. O genocídio do povo judeu ficou conhecido como Holocausto e é reconhecido como um dos episódios mais traumáticos da história da humanidade. Entre as vítimas dos nazistas, estiveram judeus, negros, gays, pessoas com deficiência física ou mental, ciganos, comunistas e testemunhas de Jeová.
CUIDADO;
Destes 530 núcleos nazistas do Brasil pelo menos 5 estão em Maringá segundo um professor da UEM.