O tempo não para, mas a nostalgia é fundamental

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Os grandes bancos estão desmontando  seus quadros de funcionários e acabando, aos poucos, com o atendimento presencial de seus clientes. Sinal dos tempos? Pode ser, mas é um mau sinal, porque cada agencia que fecha ou se transforma apenas em agência de negócios, tira da região onde encontra-se instalada o  movimento natural de pessoas, que alimenta todo o comércio do entorno. Não é por acaso, portanto, que se vê hoje no centro de Maringá prédios outrora suntuosos em completo estado de abandono. A Getúlio Vargas, coração da cidade, por exemplo, está parecendo uma avenida cheia de nada e vazia de tudo.

O que se nota é que a vida social e econômica de Maringá se deslocou para os bairros. Algumas avenidas como a Carlos Borges, a Mandacaru, a Pedro Taques e a Nildo Ribeiro da Rocha, são hoje o que foram no passado a Brasil, a Getúlio, a Herval e a Duque de Caxias . O quadrilátero  central perdeu com o tempo o glamour que ostentava até poucos anos atrás. O burburinho de gente consumindo, passeando e palmilhando as calçadas com pacotes, se concentra, no máximo, na região dos dois principais shoppings – Avenida Center e Maringá Park, embora o comércio de rua ainda fervilha aos sábados de manhã na Brasil.

Por isso e por tudo o mais é que reveste-se de grande importância o protesto que o Sindicato dos Bancários começou a fazer ontem na Avenida Getúlio Vargas contra a nova onda de demissão em massa que está acontecendo no Bradesco. Me  informa o presidente Claudecir (Clau)  que o vice-prefeito Edson Scabora prevê para até final do ano que vem a conclusão do ousado projeto do Eixo Monumental, com a revitalização daquele vão livre que vai da Catedral ao Estádio Willie Davids. Tenho certa dificuldade em acreditar em milagre, mas reconheço que é preciso ter fé. Afinal, como diz o poeta baiano Gilberto Gil, “a fé não costuma faiá”.

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