Todo mundo concorda que o professor não pode ensinar e o aluno não consegue aprender em um ambiente permissivo, com elevados índices de indisciplina. Mas isso, por si só, não justifica a imposição de uma disciplina militar como projeto pedagógico em uma sociedade que está doente, que precisa de cura e não de paliativo à dor. Quando se fala em educação, o debate tem que ser profundo e envolve questões que vão muito além da incivilidade que vem contaminando o ambiente escolar. Se a escola pública carece de paz, não é a pedagogia da caserna que trará essa paz. Pra mim, a escola cívico-militar traz em seu bojo a lógica do Analista de Bagé, onde tudo pode ser resolvido com a terapia do joelhaço.