Lula na ONU, segundo Josias de Souza (UOL)

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“Governos têm uma estética. A gestão Bolsonaro distinguiu-se pela feiúra caricata. Lula retornou à Presidência pela terceira vez num instante em que o Brasil necessitava desesperadamente de uma restauração do bom gosto. Na área externa, o discurso na Assembleia Geral da ONU é o fechamento de um ciclo inaugural no qual Lula se autoimpôs a tarefa de livrar o Brasil da pecha de pária mundial, da qual o antecessor se orgulhava. 

Para compensar o déficit estético acumulado sob Bolsonaro, Lula realizou duas dezenas de viagens ao exterior desde a posse. Beneficiado pelo contraste com o desastre que o antecedeu, conseguiu restaurar em nove meses quatro anos de devastação da imagem externa da diplomacia nacional. Contra esse pano de fundo, a principal marca do discurso pronunciado nesta terça-feira por Lula na principal vitrine diplomática do mundo foi o ganho estético”.

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