Neste 15 de outubro faz 30 anos que morreu Tião Carreiro. Não há sobre ele nenhuma obra de peso, nenhum filme, seriado, programa especial de TV, nada. Não só no mundo sertanejo, mas na música brasileira de um modo geral, muitos bebem na fonte inesgotável de sucesso que o mineiro de Monte Azul, José Dias Nunes, deixou. Temos expoentes da MPB que foram para outra dimensão , merecidamente reverenciados como ídolos eternos. Tião Carreiro foi o maior do gênero musical genuinamente brasileiro e não pode ser ignorado pela intelectualidade e por nenhum meio de comunicação de massa digno de respeito
Menino ainda, trabalhando, como boy da Transpress , que durante muito tempo funcionou nos fundos da Rádio Cultura, vi, ao vivo e a cores, Tião Carreiro e Pardinho ensaiando, para depois curtir o show da dupla no palco dos programas Tarde Sertaneja e Maringá se Diverte, o primeiro apresentado pelo Coronel do Rancho (Orlando Manin) e o segundo, por Nhô Juca (Antônio Mário Manicardi). Desde então, me tornei fã de Tião Carreiro e Pardinho e tantas outras duplas famosas que marcaram época no rádio, caso de Jacó e Jacozinho, Zico e Zeca , Pedro Bento e Zé da Estrada, e claro, Tonico e Tinoco.
Nesse domingo, quando o Brasil deveria lembrar com reverência o talento de Tião Carreiro, faço esse registro com muito orgulho, pra dizer que os duetos e o som da viola, fazem parte da minha e da memória afetiva de milhões de brasileiros.