Nelson Rodrigues definia assim um canalha: “O canalha é sempre um cordial, um ameno, um amorável e costuma ter uma fluorescente aura de simpatia”.
Ruy Barbosa, atuando na acusação em júri popular, rebate o advogado de defesa, que se refere aos cabelos brancos do réu estelionatário para tentar provar que trata-se de um homem honrado: “Não podemos esquecer senhor juiz e senhores jurados, que os canalhas também envelhecem”.
O presidente João Goulart estava no Rio Grande do Sul, portanto, ainda em solo brasileiro, quando o presidente da Câmara Federal Auro de Moura Andrade declarou vaga a presidência da República em 2 de abril de 1964, com o argumento de que Jango tinha fugido para o Uruguai. Na gritaria que se seguiu a fala de Auro, o líder do governo , deputado Tancredo Neves, subiu à tribuna e de lá gritou, referindo-se ao presidente da Casa: “Canalha ! Canalha! Canalha!”.
Frases que servem muito bem para muitos políticos e cidadãos brasileiros, muitos dos quais se escondendo nas igrejas e adorando o Deus que eles criaram e o bezerro de ouro Bolsonaro, são cidadãos de bem, defensoras da família, da moral e dos bons costumes, mas na verdade são uns imorais que ficam julgados os outros o dia todo, da mesma laia da Flordelis etc.
Sempre a direita promovendo estas canalhices.