É interessante a comparação que o escritor e jornalista Lira Neto faz de Carlos Lacerda com Sérgio Moro. Lacerda infernizou a vida de Getúlio Vargas, levando-o ao suicídio e praticamente plantando ali a semente do golpe militar que viria ocorrer em 1964. Moro se aproveitou de um momento de crise ética e moral na política brasileira para galar o ovo da serpente, que Lacerda chocou com maestria na década de 50. Claro que foram momentos históricos diferentes, mas o projeto político de ataque ao estado de bem-estar social e à democracia tinham a mesma matriz.
Só não dá para comparar os dois personagens porque a diferença de QI entre um e outro é abissal. Lacerda , como bem definiu o jornalista e escritor Lira Neto, “era um cafajeste erudito e Moro, um delinquente intelectual”. Mas ambos fizeram estragos na vida brasileira, um levando Getúlio Vargas ao suicídio e o outro, pavimentando a estrada do bolsonarismo que, espera-se, tenha sido sepultado na reação das instituições à tentativa de golpe deflagrada em 8 de janeiro de 2023.
O avanço do bolsonarismo a partir da vitória de Jair em 2018 encontrou campo fértil num ufanismo rastaquera e num patriotismo tacanho, embalados evidentemente na evocação do perigo vermelho que a classe média absorveu e potencializou rapidinho. Mas, como diz Ricardo Kotscho, vida que segue.
Você disse tudo “O avanço do bolsonarismo a partir da vitória de Jair em 2018 encontrou campo fértil num ufanismo rastaquera e num patriotismo tacanho, embalados evidentemente na evocação do perigo vermelho que a classe média absorveu e potencializou rapidinho. Mas, como diz Ricardo Kotscho, vida que segue.”
Moro foi o patife da hora, com o suicídio de Getúlio retardou a sangrenta ditadura militar no Brasil, com nosso povo heroico que ainda era maioria junto com as instituições democráticas e legalistas, derrotamos o bolsonarismo pentecostal milico miliciano.