Lula reconecta o Brasil com a mãe África

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Os Estados Unidos só tem olhos para a Europa e a Ásia, essa por causa do petróleo . Desde o início do governo Trump os americanos viraram as costas para a América do Sul e para a África. A China está fazendo exatamente o contrário. Os chineses perceberam que as melhores possibilidades de negócio estão exatamente nesses dois continentes. E o presidente Lula, que não é besta nem nada, reconstrói as relações diplomáticas que nosso país sempre teve com a mãe África e que foram destruídas pela burrice extrema do seu antecessor, cujo ministro das Relações Exteriores era um energúmeno.

Por tudo isso é que essa viagem que Lula faz agora ao Cairo e à Adis Abeba reveste-se de importância vital para a pauta de exportações brasileiras. E favorece justamente o setor que mais hostiliza o atual presidente , que é o agronegócio, financiador contumaz dos movimentos golpistas. Agora, por exemplo, Lula deve amarrar com o Egito, relações comerciais tão sólidas que redundará em aumento exponencial da exportação de carne bovina pelos nossos soberbos pecuaristas.

No caso específico da África , a retomada de relações diplomáticas do Brasil com boa parte dos 54 países africanos tem uma importância histórica muito grande. Vamos lembrar que lá estão nossas principais raízes culturais e que a dívida humanitária que temos para com a África é impagável. O fato concreto é que os problemas sociais graves de vários países africanos não estão na pobreza daquelas terras, que são tão ricas quanto as nossas. Estão nas guerras regionais, estão na exploração que o continente sofreu ao longo da história e estão, sobretudo, na concentração de renda brutal que também registramos do lado de cá do Atlântico. Mas só diplomacias obtusas como a que o Brasil teve de 2019 a 2022 não se deram conta da importância estratégica do continente africano para o futuro da humanidade. Simples assim.

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