Que a língua de porco volte à feijoada…

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O jornalista  e compositor Carlos Castelo, que se diz mais ortodoxo do que elixir paregórico, traz à discussão, em artigo publicado no Estadão , um tema relevante: o desaparecimento da língua de porco da feijoada. “ Nunca concordarei com a ideia de uma feijoada incompleta. Ou vem com todos os componentes, ou é tão somente uma porcada”, diz Castelo, que se apega a um infalível argumento médico-cientifico para embasar seu protesto: “A língua de porco é rica em zinco, ferro, colina e vitamina B12. Esses nutrientes são importantes para o sistema imunológico, função cerebral e ajudam na produção de células vermelhas do sangue. Para as grávidas, a língua de porco é ainda mais benéfica devido aos altos níveis de folato, que podem ajudar a prevenir defeitos fetais. Eu sei, ela contém bastante colesterol, mas não se come feijoada todos os dias “.

Não tem como discordar de Castelo, que faz um alerta: “ Se ninguém se mexer, quem vai acabar deglutindo culturalmente o feijão gordo pátrio serão os forasteiros. E para o nosso só restarão as linguiças da Calábria. Pobres das grávidas sem o seu folato…”.

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