Uma reflexão necessária

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Existem dois tipos de guerra: a que sangra e mata e a que mata sem violência física, mas com a destruição de reputações. E o curioso é que os que fomentam essa última e se colocam na linha de frente para ficar na história como heróis acabam não levando os benefícios que acharam ter conquistado. Quem ganha são os oportunistas, que surfam sobre o caos e pousam como salvadores da pátria, como os seres que vão resgatar a autoestima e a dignidade de um povo destroçado pela crise previamente fabricada.

Quem faz esta importante reflexão, é o ex-deputado José Genoíno, que foi preso e torturado na ditadura militar e na democracia, foi enxovalhado (e também preso) pela máquina de moer biografias, acionada pelo que se convencionou chamar de mensalão, engendrado   a partir de uma delação premiada do desqualificado Roberto Jeferson. Para Genuíno, o objetivo inicial era evitar a consolidação no poder de um projeto político voltado a pautas sociais e à inclusão dos pobres no orçamento da União.

Não satisfeitos por não terem quebrado as pernas do líder desse projeto na época, deram um jeito de tirar Lula de cena anos depois com a Lava Jato, cujos atores estão agora às voltas com cassação de mandatos e na mira da Justiça, a mesma que encarnavam naquele momento de espetacularização do lawfare. Não conseguiram, porque mesmo engaiolando Lula por 580 dias , ele acabou voltando para o seu terceiro mandado na presidência da república. Desse processo fica a lição de que a esquerda ainda não parece ter aprendido: a sanha golpista continua ativa  e ameaçando a democracia brasileira, dia sim e dia também. É preciso reagir aos espasmos bolsonaristas com inteligência.

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