O deputado estadual delegado Jacovós, tem uma solução simples para a cracolândia em que se transformou a região da Praça Raposo Tavares, em Maringá: “Vai lá no artigo 42 da lei de contravenções penais que diz que quem está na rua e apto para o trabalho está cometendo a contravenção penal de vadiagem”. Então sugere , como pré-candidato a prefeito , dar poderes de polícia à Guarda Municipal, com o objetivo de “limpar” a área. Simples assim? E para onde vai esse povo, entupir o cadeião? A maioria será expulsa da região central, levando o problema para outras regiões da cidade?
Que o problema é grave todo mundo sabe. Que precisa de uma solução, não há quem não tenha consciência disso. Mas o remédio que Jacovós sugere para essa doença crônica é placebo. O problema será simplesmente mascarado, dará um certo alívio a quem transita pela região do Terminal Urbano, mas brotará com maior gravidade em outo local. Ou vai despejar essa população de rua em cidades vizinhas, como outrora já se tentou fazer por essas plagas?
O debate político que se avizinha precisa colocar o dedo nessa ferida, levando em conta a complexidade que o problema tem. A população de rua constitui-se inegavelmente em um drama social, que acaba de alguma forma, contribuindo para a espiral de violência que tanto incomoda e assusta a sociedade atual. Não há soluções mágicas para isso. Nem é um problema que possa ser resolvido apenas no âmbito do poder municipal. Mas é no município que os gestores públicos precisam amarrar o guizo no pescoço do gato. Este é o momento.