Ricardo Barros, que em matéria de política de resultado dá nó em pingo d´água, caminha pra se superar nessas eleições municipais. De olho na Prefeitura, costura uma aliança tão ampla e tão forte, que seu time já está correndo pro abraço antes mesmo das convenções partidárias. Silio II, o irmão que já foi prefeito duas vezes, está com o terno da posse para o terceiro mandato no guarda-roupa. A estratégia não é nova, mas parece coisa de quem sabe manejar no tabuleiro as peças do xadrez político.
As primeiras jogadas foram no sentido de estimular candidaturas aparentemente viáveis mas que no meio do caminho se autodestruiriam, como aquela fita do seriado Missão Impossível. Não parece que Silvio terá dificuldade de vencer, mais pela falta de um adversário forte, do que propriamente pela sua densidade eleitoral. Humberto Henrique é um ótimo quadro, porém esbarra no ódio ideológico que o bolsonarismo aprofundou contra o PT de 2018 pra cá.
Acho que Homero Marchesi vai insistir com sua candidatura, mas por estar à direita dos Barros, nem Kim Kataghiri poderá ajudá-lo. O atual vice-prefeito Edson Scabora ficou muito tempo patinando na indefinição de Ulisses Maia, que perdeu o time para costurar uma candidatura viável à sua sucessão. Se Scabora for tão mal quanto foi Antônio Assunção , o candidato de Silvio pai em 1976, Maia não terá vida fácil nas eleições de 2026. Como não teve Silvio Magalhães Barros I em 1978, quando perdeu a vaga de deputado federal para seu vice Walber Guimarães.