O tal “PL do estupro” será um dos temas mais quentes da campanha eleitoral desse ano, ainda que esteja engavetado até o fechamento das urnas. Candidatos do campo progressista consideram a proposta oportunista e sacana, na medida em que criminaliza a vítima de estupro que se fizer aborto poderá pegar pena bem maior que a do estuprador.
Mas as críticas não ficam circunscritas a esse debate conceitual que coloca frente a frente civilidade e barbárie. Há quem, como o experiente político de esquerda Roberto Requião, que vê o projeto de lei de um tal Sóstenes Cavalcante “como um ‘divertimento’, do italiano ‘divertere’, ou seja, desviar do que realmente importa!”. E o que importa nesse momento são pautas como a regulamentação da reforma tributária, a melhoria da saúde e da educação, que está sendo bombardeada no Paraná com a privatização encaminhada pelo governador Ratinho Júnior.